Todas as terças-feiras e quintas publicarei capítulos em sequência do romance "O doce bordado azul". A seguir dois capítulos, o 8º e o 9º capítulo.(20/10/2015) Capítulo VIII A morte é definitva Descia do ônibus às pressas e quase correndo, entrava em casa, aflita com a possibilidadede não mais ver Ana e pelo fato de desconhecer que havia morrido. Afinal, que espécie de amigas eram elas que nem se encontravam, nem sabiam nada umas das outras, que passavam o tempo completamente alienadas, preocupadas com o seu próprio umbigo. Não gostava da morte. E se ocorria, como no caso de Ana, era uma perda que não pudera cultivar, que não pudera chorar, ao menos. Não se despedira. Na verdade, foram amigas durante um tempo determinado, desde a infância até o final da adolescência, e aos poucos, foram se afastando. Ela que se acomodara a viver naquela casa, com a mãe, sem grandes ambições, participando de sua vida, vivendo-a como se fosse a sua. A sala estava às escuras, por isso,
Este blog pretende expressar a literatura em suas distintas modalidades, de modo a representar a liberdade na arte de criar, aliada à criatividade muitas vezes absurda da sociedade em que vivemos. Por outro lado, pretende mostrar o cotidiano, a política, a discussão sobre cinema e filmes favoritos, bem como qualquer assunto referente à cultura.