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Indignação

Indignação Há um tempo atrás, eu comentava muito sobre política nas redes sociais, mas com o passar do tempo, percebi que falava apenas para uma bolha, que acreditava nos mesmos ideais e valores políticos com os quais eu me orientava. O outro lado, a outra bolha, não dava a mínima importância. Eu jamais mudaria o pensamento ideológico de alguém, com os meus argumentos. Nem se podia conversar com franqueza nessa dicotomia que passou a vigorar no Brasil, embora sempre houvesse de forma disfarçada. No máximo, o que passei a fazer, foi alguns comentários em publicações de amigos ou curtidas ou mesmo alguns compartilhamentos. E se publicava alguma coisa, o fazia de modo subjetivo, no qual, quem o lesse, perceberia nas entrelinhas o pensamento crítico ali embutido, pelo menos, é o que eu pretendia. Mas hoje, porém, com o funesto e histórico discurso do Presidente da República, que repudia tudo o que está sendo elaborado e executado pela sociedade civil, através das recomendações da O

EMBLEMA DA MORTE EM VIDA

O conto a seguir, Emblema da morte em vida , foi publicado na Antologia Metamorfoses, como um desafio de se criar um diálogo intertextual com Kafka reescrevendo a frase inicial de sua novela Metamorfose "Quando certa manhã, Gregor Sansa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso". O meu conto está na páginas 53-57 da antologia, que está à venda no site da editora: www.editorametamorfose.com.br. Quando certa manhã Lauro Sampaio acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num cadáver. Tinha consigo que a vida passava rasante ante seus olhos, mas não argumentava. Percebia as olheiras do médico de plantão e as enfermeiras que ciscavam em suas roupas disformes. Ouvia as vozes de raspão. Ora sumiam e um peso terrível abalroava suas pernas. Afinal, onde estava? No hospital? Sentia-se aprisionado em seu corpo, mas ouvia o que diziam. Uma das enfermeiras enfiou-lhe um tubo na boca. Tudo parecia em diapa