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Mostrando postagens de janeiro 18, 2015

SORRI

Quando passava rapidamente pelos sebos de revistas, livros e todas quinquilharias, gostava de procurar aqueles discos de vinil antigos principalmente os de coletâneas musicais. Às vezes, nem tão famosas, mas surpreendentes pela qualidade, embora ainda intactas nas caixas. Num desses passeios, percebia que as coisas mudavam de repente, que os vinis não me pareciam o antigo objeto de desejo, que havia outros motivos para os passeios, que nem sabia muito bem definir. Talvez o dia de sol em Porto Alegre, encontro com outros colecionadores e amantes de livros e discos, ou de quaisquer bugigangas que trouxessem um pouco de saudade. Nestes momentos, o mundo não parecia o mesmo, movia-se mais rápido. Com o tempo, percebia que, na verdade, procuramos muitas coisas e nossos desejos de felicidade estão bem escondidos, num lugar quase impenetrável e cada vez que os buscamos, o fosso se alarga e ela se espalha, como mercúrio do termômetro quebrado. Ágil, imperiosa. Às vezes, alegria tra