O menino punha as mãos nas páginas devagar. Escorregava os dedos e percebia que além do som e do movimento, havia alguma coisa ali que o prendia. O menino sabia que era o conteúdo. Mas como conhecer o que está escrito, sem decifrar os códigos. E quais são os códigos? As letras, os sons, os fonemas. Conhecia pouco de tudo isso: uma sílaba aqui, uma letra dali e formava-se a palavra e de palavra em palavra, descobria o mistério. O menino era sábio. Percebia que tudo é uma coisa só: leitor, leitura, autor, ideias. Tudo vem na mesma viagem. O trem carrega o texto e o texto carrega o trem. Assim a trajetória se forma. O livro é como o trem, matutava o menino, assim repleto de gente, de mercadorias, de cargas que vão de um lugar para o outro. Todos têm importância no caminho. A leitura é isso. Por isso, foi criado o dia nacional do livro, 29 de outubro, quando Portugal disponibilizou grande acervo da Real Biblioteca para a nossa biblioteca, aqui no Brasil. O menino des...
Este blog pretende expressar a literatura em suas distintas modalidades, de modo a representar a liberdade na arte de criar, aliada à criatividade muitas vezes absurda da sociedade em que vivemos. Por outro lado, pretende mostrar o cotidiano, a política, a discussão sobre cinema e filmes favoritos, bem como qualquer assunto referente à cultura.