Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro 3, 2015

OS DEZ TEXTOS MAIS LIDOS NO MÊS DE NOVEMBRO/2015

1º - Comentários emocionantes sobre a crônica “Refugiados em seus sonhos”publicada em 04/10/15 2º - O doce bordado azul - 16º capítulo 3º - O doce bordado azul - 15º capítulo 4º - O doce bordado azul - 17º capítulo 5º - O elo do encontro 6º - Meu avô: existir é compartilhar 7º - Caminhos traçados 8º - Países que mais acessaram o meu blog nos mês de outubro/2015 9º - A calça comprida 10º - A velhinha do riacho Foto de Wilson Rosa da Fonseca

RELAÇÕES MÚTUAS

Este conto deu origem ao mote do romance "O eclípse de Serguei" Aspirou o cheiro de alho no dorso das mãos. Fungou. Deu até alguns espirros. Alergia danada. Insuportável. Olhos vermelhos, como se esmagasse cebolas. Era somente o alho triturado com a faca, sobre a pia branca, branquinha, mármore impecável. Era mármore mesmo? Olhou para os lados, procurando a hora no relógio da copa. Buscou num canto do olho a luz da rua. Suspirou. Tomou água, pensou na vida. Examinou-se no fundo da concha: aqueles olhos grandes, a pele encardida, dedos esbranquiçados. Sentiu um suor forte escorrer pela nuca, molhando o cabelo. Já estava crescido demais, pensou. Largou o alho moído, aproximou-se da primeira cadeira que encontrou e encostou a bunda, de leve, temendo afundar no vazio. Por um momento, pensou que morreria. Bobagem. Era só um contratempo, um empacho qualquer no estômago. Ninguém morre por comer demais. E ela tinha sido glutona demais, como dona Matilde costumava chamá-la. Você é g

O DOCE BORDADO AZUL - 22º CAPÍTULO

Hoje é quinta-feira. Nosso folhetim continua com o 22º capítulo. Na próxima terça, continuamos na sequência. Espero que gostem! Faltam 8 capítulos apenas!Vamos a ele! Capítulo XXII A visita de Gustavo Quando entrou, Gustavo imediatamente acomodou-se no sofá, observando atento os outros móveis. Percebeu que Bárbara sentara na lateral de um divã antigo, com as pernas finas enviesadas, uma colada na outra, de uma maneira que julgava elegante. Pensou em fazer um galanteio, mas calou-se. Ela poderia levar a mal, achando que havia algum interesse de sua parte, que não fosse o motivo por que viera até a sua casa. Bárbara, vez ou outra, virava o rosto para a janela, olhar perdido nos telhados cheios de musgos e plantas que se sobressaíam, cultivadas pela umidade das infiltrações. Ele achava-a uma moça estranha. Tinha uma certa tristeza solene, que não conseguia decifrar o motivo. Via em seus olhos uma dor inatingível, o que não lhe diminuia a beleza e simplicidade. Talvez pela