Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março 9, 2016

O PÁSSARO INCAUTO NA JANELA - CAPÍTULO XIX

O NOSSO FOLHETIM CONTINUA AGORA JÁ CHEGANDO A QUINTA-FEIRA, 10/03/16 COM NOVOS DESDOBRAMENTOS DAS RELAÇÕES DE ÚRSULA. UMA HISTÓRIA DE MULHERES, NA TENTATIVA DE PENETRAR NO UNIVERSO FEMININO, COM A DIFICULDADE NORMAL DE UMA AUTOR DE CULTURA MASCULINA. ESPERO QUE TENHA SUCESSO. ESTE É O 19º CAPÍTULO, QUE APRESENTO COM MUITO PRAZER. Capítulo 18 FONTE DA FOTOGRAFIA: AUTOR WILSON FONSECA DA ROSA, GRANDE ESCRITOR, POETA E FOTÓGRAFO RIO-GRANDINO. Capítulo 19 Sabe, Dulcina, às vezes me pergunto porque acabo indo nas suas águas. Na verdade, sempre refutei tudo o que você me dizia, todas as histórias que em geral achava idiotas, sem sentido. Nunca a vi como um ser humano, estou sendo muito sincera comigo, sabe? Você pra mim, nunca passou daqueles servidores invisíveis, quase descartáveis, que a gente se depara por algumas horas. Que a gente precisa, mas finge que não vê. Que me interessava a sua vida, as suas atitudes desleixadas, o seu jeito simplório de me contar o que lhe acontec

PÁSSARO INCAUTO NA JANELA - CAPÍTULO XVIII

NESTA QUARTA, PUBLICAMOS O 18º CAPÍTULO DE NOSSO FOLHETIM RASGADO, UM CAPÍTULO ESPECIAL ONDE AS DORES E ALEGRIAS DAS MULHERES SE REVELAM. UMA TRAMA EM QUE A PROTAGONISTA É A MULHER, QUALQUER QUE SEJA A SUA ONDIÇÃO SOCIAL. NA QUINTA VOLTAMOS COM OS CAPÍTULOS NORMAIS. Capítulo 18 Sinto a alma confrangida. As pernas bambas, pesadas, e nestes poucos passos que dou, me afastando do quarto, tenho a impressão que carrego um fardo insuportável. Sentar nesta poltrona da sala de estar, me iludindo que nada mudou, que o mundo gira na mesma posição, que tudo está como antes... talvez seja isso que procuro. Apenas esticar minhas pernas no pufe e esquecer... esquecer... Esquecer que existe um vazio tão grande lá fora. Que além da minha janela, não há nada. Apenas um quarto vazio, um luto fechado que temo enfrentar. Sabe Rita, quando papai se foi, Carlos não apareceu. Não sei se foi por covardia, ou porque estava feliz demais nos países árabes para mergulhar na triste realidade de nosso mundo.