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Onde chegará o homem?

Não gosto de comentar notícias policiais, muito menos ficar dissecando as informações, investindo em cada detalhe e transformar o fato numa dramaturgia barata. Mas às vezes, a realidade dura nos obriga a pelo menos refletir e sofrer as consequências da falta de humanidade. O bebê baleado no útero da mãe e que não resistiu e acabou morrendo, em Caxias, na Baixada Fluminense vai contra qualquer percepção de realidade, como se o surrealismo ou a ficção concentrasse seus valores em nossa realidade. Como não se comover, como não sentir na pele o arrepio da dor e do medo ao assistir um fato tão doloroso. Isso apenas citando dois fatos, embora ocorram diariamente todos os tipos de assassinatos e perdas terríveis ao povo brasileiro. Como acreditar na humanidade e imaginar que ainda há futuro? Quando vemos nossos filhos longe, ficamos com o coração na mão e quando estão perto permanecem em total abandono, porque as balas perdidas não são excessões, ao contrário, são a regra em muitos recanto

O medo intrínseco

Não gosto de comentar notícias policiais, muito menos ficar dissecando as informações, investindo em cada detalhe e transformar o fato numa dramaturgia barata. Mas às vezes, a realidade dura nos obriga a pelo menos refletir e sofrer as consequências da falta de humanidade. O bebê baleado no útero da mãe, em Caxias, na Baixada Fluminense vai contra qualquer percepção de realidade, como se o surrealismo ou a ficção concentrasse seus valores em nossa realidade. Como não se comover, como não sentir na pele o arrepio da dor e do medo ao assistir um fato tão doloroso. Como acreditar na humanidade e imaginar que ainda há futuro? Quando vemos nossos filhos longe, ficamos com o coração na mão e quando estão perto permanecem em total abandono, porque as balas perdidas não são excessões, ao contrário, são a regra em muitos recantos do Brasil, como na escola em Porto Alegre, onde os alunos precisaram fugir para não ser atingidos. Parece que o homem fica cada vez menos homem, menos ser humano e t

Um menino que voa alto

Começou devagarinho a chamar-me a atenção. A princípio, uma ideia aqui, outra acolá. Noutros momentos, um pequeno rabisco, como quem recém está se desenvolvendo e quer o peito, faminto. Aos poucos, se observa que o bebê está crescendo e começa a pedir-nos coisas. Exige cada vez mais cuidados, como se estivesse prestes a cair em ciladas. Então o analisamos com cautela, aceitamos seus pedidos, aumentamos os recursos. Começa a ficar bonito, rechonchudo, umas bochechas vermelhas de bebê de rótulo de leite. Ele cresce mais e já é um adolescente. Aí que o conflito aumenta, nem tudo está adequado aos seus desejos. Quer mais, precisa tornar-se mais forte e resistente, para que todos o vejam com vigor e sabedoria. Mas sabedoria só não basta. É preciso zelo, coerência, beleza, músculos fortes e tórax robusto. Está quase no ponto de se mostrar à audiência. Precisa então de um clímax e por isso nos enlouquece a ponto de acreditarmos que não chegaremos ao final. O que busca ele? O que