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quarta-feira, janeiro 20, 2021

Se o Natal chegar

Se o Natal chegar e eu não estiver preparado. Ele vem de mansinho, se avizinhando em nossos pensamentos, sentimentos e corações.

Se o Natal chegar e ainda estiver em dias atribulados, assustados, perdido em promessas que se esvaem em cada pronunciamento, em cada desfavor que fazem à população, em cada mentira degradante que se alastra em grupos de WhatsApp, em cada ficção de nos tornarmos robôs com DNAs estranhos, catapultados dos alienígenas chineses, sim, parecem que eles nem são da Terra e imagem, vermelhos!

Se o Natal chegar e eu ainda estiver neste impasse, de me encontrar embatucado com tanta mediocridade, tanta falta de noção ética, moral e científica.

Se o Natal chegar assim, de mansinho, se avizinhando, quem sabe, eu esqueça por um dia, umas horas, que a ficção é o tempo decorrido antes do Natal e depois, e que agora é a realidade, que vai além das fronteiras do olhar midiático, das redes sociais, dos pronunciamentos falsos, dos desgovernos, das mentiras.

Então é Natal e as máscaras devem ser somente aquelas que servem para nos proteger e não as impostas pela sociedade nefasta dos interesses de poder.

Então que o Natal chegue, devagarinho, sussurrando e se avizinhando em nossos pensamentos e corações e que pelo menos, agora, nestes momentos, sejamos íntegros para aceitar a paz que ele nos traz.


Fonte da ilustração:https://pixabay.com/pt/photos/natal-bolas-de-natal-1867281/

quinta-feira, setembro 13, 2018

Pessoas simples são mais felizes?

Outro dia, estava no ônibus rumo a Porto Alegre e ouvi uma conversa no banco da frente. Tratava-se de um senhor de uns 60 anos e de um rapaz que aparentava 30 anos. Na verdade, a idade não importa muito para o que vou dizer, apenas qualifica a diversidade de pontos de vista, por serem de gerações diferentes. Falavam entusiasmados em futebol. E olha, que não se declinavam em regras ou presumíveis mudanças nas posições de jogadores, dos times dos quais falavam. Comentavam com uma ingenuidade assombrosa sobre o estilo de vida dos jogadores citados. Falavam do modo como encaravam a vida, do dinheiro que possuíam, das festas e viagens que participavam e mais do que isso, davam palpites em suas maneiras de organizar o orçamento e sua vida particular, como se fossem íntimos dos atletas. Concordavam com o salário milionário que recebiam e discutiam se fulano ou beltrano deveria ganhar mais.

Depois de algum silêncio, engataram outra conversa. Agora satisfeitos com o desenrolar do programa do Ratinho, que mostrava a performance de um candidato a um quadro de calouros, que apresentava uma música composta por ele em consonância com o figurino colorido, que finalizava com uns chifres que faziam a apoteose do quadro.

Neste momento, davam longas risadas e percebia-se que riam com sinceridade, achando muita graça no que contavam um ao outro.

Eu, por meu lado, fiquei pensando no que ouvira e tirando algumas conclusões que, de certo modo, me deixavam um tanto intrigado e até um pouco triste. Não por eles, que pareciam tão felizes com o pobre passatempo consumido.

Talvez tenha ficado triste por mim, como aquela eterna frase que Ernest Hemingway usou em seu maior livro, do poema do grande poeta inglês John Donne. Ele dizia que o homem não é uma ilha, cada partícula do continente, uma parte da terra. Enfim, que a morte de qualquer homem o diminui, porque faz parte do gênero humano. E por isso, a pergunta: por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.

É provável que a tristeza que senti tenha respaldo nesta mesma observação. Os sinos dobram também por mim, mas neste caso específico dos meus companheiros do ônibus, eles parecem não ter essa noção mais profunda da realidade e da vida.

Fiquei me questionando, que pessoas como eles, que não possuem instrução acadêmica ou que não tenham adquirido o conhecimento empírico e cultural, capaz de os fazer refletir, pensar e agir, alcancem nessa condição a capacidade de serem mais felizes.

Elas não possuem filtros para as suas conversas, para o que lhes transmite alguma satisfação, como o tal quadro do programa do Ratinho. Sentem-se livres para rir e se divertir sem qualquer reflexão. Na verdade, seu conhecimento cultural não os permite diversificar o que lhes vem às mãos. Eles sonham através dos outros, dos jogadores, dos artistas, dos cantores. Servem-se da diversão por ela mesma, sem se preocuparem com isso.

Nós, ao contrário, absorvemos em nossa faculdade intelectual a disposição pela grandeza e profundidade dos acontecimentos, dos questionamentos da vida, das percepções da alma e do subconsciente, o que só nos permite sonhar quando o devaneio acontece de forma implícita e calcada em nossas experiências pessoais.

De certo modo, perdemos a espontaneidade, porque refletimos e não nos divertimos com qualquer esquete de raso de conteúdo.

Há pouco para rirmos e se o fazemos, precisamos de uma boa dose de liberdade de conceitos.

É difícil ser feliz, quando conhecemos o cerne das coisas, quando aprendemos um pouco mais de ciência, da arte e da condição humana, acompanhado via de regra pelo filtro ético e moral.

Por isso, o homem simples vive numa outra dimensão, em que ele se torna interlocutor de tudo que rege a vida cotidiana, desde os seus prazeres esportivos, até suas escolhas de diversão.

É primário, é simples, ingênuo, mas livre das conveniências e por certo, os sinos não dobram por ele, porque nem se dá conta. Acho que são mais felizes.

Fonte da ilustração: Trond Abrahamsen in: www.pixbay.com

quinta-feira, janeiro 12, 2017

Frase clichê

Ao sair apague a luz

Apenas uma frase clichê

Por certo, não daria um verso

Mas expressa a realidade da ética ou ex

Mistura de sentimentos

Raiva, ira ou aversão

Que será que temos

Neste espaço sem sedução?

Apenas manipular e trair?

Ou o que devemos ouvir

Para entender a missão

Dos jornais, das mídias, nas várias plataformas

Anunciando a democracia para quem já esgotou a teoria.

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