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quarta-feira, junho 15, 2016

Breve análise das crônicas “A aranha”e “A palestra”do livro “Outras águas”

Estas duas crônicas foram vencedoras em 1º e 2º lugar do XXIII Concurso Internacional Literário das Edições Ag.

A crônica “A aranha” revela o homem moderno, num mundo em que tudo é permitido, no qual todas as escolhas são possíveis e, ao mesmo tempo, fica dividido, tornando-se desta forma, confuso em seus relacionamentos, na sua vida cotidiana e profissional.

Apesar de todas as possibilidades que o mundo oferece, o homem se vê preso a padrões que remetem ao senso comum, induzindo a todos experenciarem o modo de vida da mesma forma, agindo segundo regras pré-estabelecidas, sejam morais ou éticas.

Entretanto, talvez pela complexidade humana, o homem despe-se deste ser correto e adequado à sociedade.

Tal como Jung declarava, o homem usa a persona para mostrar-se ao mundo, mas deixa a sombra oculta nas mais distintas ocasiões, sem que se revele a sua verdade.

Usa subterfúgios e máscaras no seu dia a dia, porque o que aparenta na família, no trabalho ou nos seus relacionamentos pessoais é o que considera adequado à sociedade.

Por isso, a dificuldade do homem em mostrar a sua verdade mais íntima.

Há portanto, o temor de fazer as opções, por mais simples que sejam, pois desafiam a maioria ou questionam o pensamento geral, padronizado e aceito.

Como a mosca, ele fica preso à aranha, o grande emaranhado de normas, leis, preconceitos e mentiras que regem as condições de relacionamentos e experiências modernas. Daí o seu sofrimento e confusão.

Agora fugindo um pouco da análise da crônica, mas utilizando o viés proporcionado pelo tema, observamos que o ser humano precisa desapegar-se de determinados sentimentos que o deixam agastado e triste.

Por exemplo, a necessidade extrema de competir, em qualquer área, em qualquer seguimento, para que na vitória sinta-se empoderado, a partir de um novo avanço em suas percepções.

Consideramos, inclusive, que em determinado limite, esta competição é saudável, entretanto o fato de viver comparando-se com os demais acarreta sentimentos de frustação ou auto-estima que infla o ego e descarta sentimentos de viver em comunidade.

Um outro fator desencadeado por esta competição, que atualmente atinge o homem, é o descomprometimento com a sua realidade, com a comunidade em que vive e o seu mundo particular.

O homem vivencia os acontecimentos que atingem a Antuérpia e não olha para vizinho ao lado.

Por outro lado, o julgamento de qualquer situação tornou-se supérflua a ponto de embutir-se uma dose de punição antes do crime justificado, usando-se para isso a intolerância e a arrogância, esquecendo-se de observer os dois lados da situação.

Provavelmente isto ocorra, porque não enxergamos nossas próprias falhas e é muito mais fácil apontar no outro o que ocultamos em nós mesmos.

Cristo já provocava seus seguidores com a questão que bem denota o falamos: E por que vês tu a aresta no olho de teu irmão, e não vês a trave no teu olho?

Quando o homem souber se desapegar destes sentimentos e fazer uma autocrítica de todos as situações onde põe o seu jugo, certamente encontrará mais tempo para regozijar-se com a natureza, com a vida, com tudo que o cerca.

Enfim, terá a plenitude de entender-se a si próprio, percebendo que é persona, mas também sombra e que são aspectos que não existem separados.

Somente aceitando a personalidade como um todo, o homem terá a saúde psíquica plena e saberá utilizar com inteligência os aspectos que privilegiem determinado enfrentamento de um problema.

A segunda crônica “A palestra” talvez seja uma complementação bem humorada da primeira, A aranha.

Ela descreve este homem dos dias atuais, ansioso e confuso, que tenta vencer o tempo divergindo das prioridades e perdendo-se nos espaços vazios dos horários.

As dificuldades se estabelcem em virtude do trânsito, da correria das compras, do conciliar compromissos, inseridas num complexo de informações oriundas de qualquer suporte com ou sem necessidades.

A partir desta convergência de fatos contraditórios , o homem se insere nesta atmosfera de caos através de suas dificuldades pessoais, profissionais ou familiares.

Enfim, o homem que também precisa fazer suas escolhas e às vezes, se equivoca, perdido nesta seara de informações descontroladas e tempo exíguo.

Isso ocorreu na na palestra em que o orador não passava de um político prolixo e o ouvinte estava no lugar errado, com outros interesses que não aquele tema.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Uma breve descrição sobre a a minha trajetória na escrita


Sou bibliotecário especialista em Ciências e Tecnologia da Informação e também licenciado em Letras (Português-Inglês). Tenho a escrita como parte essencial de meu viver, quase como respirar. Porém, houve épocas em minha vida em fiquei envolvido com a profissão de bibliotecário na Universidade, além da vida pessoal, em família e de certa forma, priorizei estas atividades, dedicando-me muito timidamente à escrita. Nunca a abandonei de fato, mesmo porque, sempre me dediquei ao texto, embora científico, porque utilizava enquanto bibliotecário e nos cursos de especialização. Como na vida tudo tem um tempo certo de acontecer, agora estou nesta sofreguidão em escrever. Houve, sem dúvida a contribuição do advento da Internet, porque tive a oportunidade de publicar meus textos em páginas eletrônicas e obter retorno através de comentários de leitores, bem como o reconhecimento de especialistas, o que me incentivava cada vez mais. Comecei então a escrever diariamente, produzindo além de contos e crônicas, também romances. Com um deles, A barca, participei do Prêmio Sesc 2004, ficando entre os 26 finalistas no total de 305 obras apresentadas, o que me deixou muito feliz. Participei de outros concursos de contos, nos quais fui classificado várias vezes, porém através do XXIII Concurso Internacional Literário, obtive o 1º lugar nas duas crônicas que apresentei para a participação, tendo-as publicadas na Coletâneas de Conto, Poesia e Crônica, lançada pelas Edições EG da All Print Editora.
A chance do escritor iniciante e sem patrocínio, talvez não seja encontrar a editora certa, mas sim, ser encontrado por ela. Foi o que de certa forma me aconteceu, neste evento.
Na rede, publico alguns textos nos sites : www.recantodasletras.com.br, www.dominiocultural.com, www.escrita.com.br, www.tempoloxv.pro.br, no meu blog http://letras-livres.blogspot.com, além de participar de comunidades literárias no orkut.

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