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Mostrando postagens com o rótulo neurônios

Condutas da vida

Fonte da ilustração: Pexels in: pixbay De repente, o tempo de calor intenso muda e parece que uma nova estação surge do nada. Para um escritor, falar do tempo soa como clichê, mas o que acontece é que, às vezes, este estado de mudança atmosférica parece intimamente ligado a nossas emoções, acompanhando situações e condutas de nossa vida. Olhei para a rua ainda com as beiradas das calçadas com algum resquício de água, mas os paralelepípedos já brilhavam secos, pelo vento que soprava folhas ou a poeira instalada nas bordas, esvaziando o cenário. Tudo expressava renovação, talvez não com os auspícios de dias floridos da primavera, mas com ares de outono hibernal, que aos poucos vai dando mostras de sua força. Um friozinho que se instala entre as persianas, um vento que ruge de quando em vez, varrendo qualquer possibilidade de fuligem ou folhagens como pequenas sombras desgarradas na noite de poucas luzes. Uma limpeza que a natureza se propõe. Pena que nem sempre o nosso eu interior

A fotografia da vida de Santa - CAP. 4

No terceiro capítulo Santa estava decidida a ajudar o povo da Ilha Libertária, um povo para o qual não há regras, nem governos. É pelo menos o que a cidade comenta. Segundo Santa, a aparição da Virgem, indicando-lhe a bússola para aquela região significa que a sua missão consiste em se alinhar com aquela gente. A seguir o quarto capítulo de nosso folhetim dramático, porque hoje é terça-feira e este é um dos dias de publicação. Espero que curtam mais este capítulo de nossa história. CAPÍTULO 4 Os carros se alinhavam no jardim. A promotora desceu, arfante. Olhava em torno, mexia no relógio de pulso, como se quisesse certificar-se da hora. Não queria não, era só nervosismo. O marido a acompanhava, solícito. Seria mais uma daquelas reuniões chatas de família e ele mais uma vez ouviria as baboseiras que se enfileiravam. Não suportava o cunhado metido a artista. Artista mediático, que absurdo. Afinal, o que seria isto? Pediu que a mulher esperasse um momento e voltou ao carr

PÁSSARO INCAUTO NA JANELA - CAPÍTULO X

HOJE, QUINTA-FEIRA 11/02/2016, CONTINUAMOS O NOSSO FOLHETIM "PÁSSARO INCAUTO NA JANELA" COM O 10º CAPÍTULO. Capítulo 10 Cruzes! Então o velho não se aguenta sozinho, precisa de alguém pra fazer a higiene. Também pudera, aquela mania de falar sozinho em plena janela do apartamento, olhando para a rua, deve ser fraqueza mental. Os neurônios não se coadunam. Pobre diabo! Depois de saber disso, me dá até dó, afinal é um homem doente e tudo que diz talvez não passe de simples imaginação. Coisa da cabeça dele. Esta vida é muito triste para velhos como ele. E como eu, também. Não fosse você, Rita, eu já teria enlouquecido nesta casa, sozinha. Quando Carmem enviuvou ainda me visitou algumas vezes, embora mais preocupada com a casa do que comigo, revirando o passado, criticando o Jaime, censurando até meus pensamentos. A filha que estava no exterior, de feminista radical se transformou em mulher de milionário e esqueceu todas as ideias avançadas que tinha na época. Carmem,