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A fronteira dos pensamentos

O que me pedes do alto de teus argumentos? O que exiges da fronteira de teus pensamentos dispersos e esparsos? O que defendes de um sistema de morte, de guerra, de armas e dor? O que permites em tuas condescendências mais simples? A quem desejas a vida e a paz? Quem merece teu brilho, tua alegria e tua contemplação? Por certo, os de tua classe, os que pensam como tu, os que zelam por teu pensamento único de família, propriedade e este deus ao qual veneras, quando vela apenas por teu grupo. Sei que há muito, excluíste os que pensam de modo diverso, sei que defendes a estranheza para amalgamar a homogeneidade de tuas ideias. Sei que o mundo pra ti é de uma cor apenas, um fastio de diversidade, de alegria e poder, que me dá preguiça. Sei que enxergas os demais de acordo com a tua ótica semelhante, na qual apenas os que estão na tua bolha são os eleitos. Parece que teu deus os acomoda assim e os aparta dos maus. A bondade que revelas é útil apenas para locupletar os teus desejos de pode

A bolha

Quisera contar coisas felizes. Quisera imaginar uma cerca brilhante, arrebatada por uma luminosidade paralela que me permitisse ultrapassá-la sem os medos normais. Quisera antecipar-me à dor e vencer a morte. Quisera saber viver, como os príncipes. Quisera participar. Usar todos os verbos em todos os tempos para explicar o que já nem tem sentido. Ultrapassar a cerca, pular a dor, liberar o ódio, alavancar o amor. Deve ser possível, não neste momento. Tomara que eu durma e acorde levitando, pois aí verei lá de cima, o mundo que deixei para atrás. Um mundo de intolerância, racismo, fascismo, ódio. Um mundo onde grassa a ignorância de mãos dadas com o retrocesso. Quem sabe desço e desmancho a bolha que ainda me impede de lutar?