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Carta a uma amiga, preocupada porque eu disse que Lula era um preso político

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Minha amiga, entendo a tua preocupação. Olha, na verdade, eu nem sei se Lula é totalmente inocente, mas tenho certeza absoluta que não houve uma prova concreta, apenas convicções, como eles dizem. O Jucá tentava persuadir seu colega a participar do golpe (tudo gravado). E diz mais ou menos assim: “é necessário que a gente tire eles porque eles não vão impedir a investigação de corrupção; para estancar a sangria, temos de dar o golpe”. E conclui dizendo: “Com o Supremo Tribunal Federal e com tudo”. O Lula no centro de todo o crime cometido na operação Lava a Jato e, perguntado pela imprensa – essa imprensa que julga e condena – “quais são as provas contra Lula, senhor procurador”, ele respondeu: “não tenho provas, tenho convicções”. Aqui, nós já vemos que a justiça é seletiva. Com provas, não há acusações, nem prisões, com convicção e delações, muitas vezes com interesses pessoais (na maioria das vezes), há condenação. “Mas o problema é que o apartamento não é propriedade dele...

A CIDADE QUE SABIA DEMAIS - 4º CAPÍTULO

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Capítulo 4 p> Capítulo 4 Quando chegou ao quarto onde o amigo estava, Ricardo encontrou-o sonolento. Aproximou-se da cama e Raul abriu os olhos, sorrindo. —Não reconheci você com este jaleco, cara. Que bom que veio, meu médico preferido. —Não se agite, Raul. Sei que seu açúcar teve uma queda considerável. — É verdade, eu tive tonturas, tive náusea e até agora estou suando frio, apesar do sono. —Isso é assim mesmo, daqui a pouco passa. Mas já é hora de dormir. Afinal, é bem tarde. Assim, você descansa. — Sabe, Ricardo, eu tenho medo que eles me matem. Que descubram que estou aqui… Você sabe. –– Ninguém vai descobrir nada. Não pense nisso. ––Você anda muito ocupado, eu sei. Já estou acostumado com abandono, meu amigo. Eu lhe falei da Susi, lembra? Não da cachorrinha que tenho em casa… ––Sei, da sua namorada. Esqueça isso. Pense em melhorar depressa. Amanhã, você sairá daqui. ––Escute, você pensou na proposta que lhe falei? –– Pensei, mas conversamos amanhã...

PÁSSARO INCAUTO NA JANELA - CAPÍTULO XIV

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HOJE, TERÇA-FEIRA 22/02/2016, SEGUE O NOSSO FOLHETIM RASGADO "PÁSSARO INCAUTO NA JANELA" COM O 14º CAPÍTULO. NOVAS REVELAÇÕES! Capítulo 14 Tenho vontade de dizer para o velho que não estou sozinha, tal como ele, que desapareceu há dias de sua janela, do seu quarto. Será que morreu? Espero que não. É mais um pra minha coleção. Cada dia, um se vai. Quando será a minha vez? Espero que demore bastante, sinto que ainda posso fazer alguma coisa, sinto que posso ajudar Susana. Essa expectativa me dá uma euforia, uma vontade de realizar coisas, um bafejo de vida. Tenho até desejo de tocar piano, como antigamente. Mas já faz tanto tempo, que nem sei se não desaprendi. _Que terá acontecido com Susana? Por que me chamou daquela maneira? Parecia tão desorientada, a coitadinha. _De quem tá falando, vovó? _Ah, não importa. Estou falando sozinha. Que mania vocês tem de chamar de vovó. Eu tenho nome. _Desculpe, não quis ofender. É que conheço a senhora há tanto t...

PÁSSARO INCAUTO NA JANELA - CAPÍTULOS XII E XIII

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HOJE, QUINTA-FEIRA 18/02/2016, SEGUE O NOSSO FOLHETIM RASGADO "PÁSSARO INCAUTO NA JANELA" COM O 12º E 13º CAPÍTULOS. NOVAS REVELAÇÕES! Capítulo 12 Susana aguarda o elevador em seu andar. Está prestes a entrar, mas é impedida pela voz urgente, quando a porta se abre. A mulher a impede de entrar, praticamente suplicando em falar-lhe. Ela tenta entender o que está acontecendo, sem dar muita importância à situação. Está preocupada com o horário, segurando a bolsa numa mão e uma série de documentos numa pasta azul. Na outra mão, digita no celular, tentando conseguir algum estagiário para o trabalho em campo. Detém, ao ouvir o seu nome. A mulher é magra e alta, cabelo vermelho, curto, aparentando quarenta anos. _Susana? Você é Susana Medeiros? O zelador que subia a escada, antecipa-se ao diálogo, esclarecendo que ela a havia procurado e não pudera impedir. Tentara explicar-lhe que daria o recado, mas a coisa parecia séria. _Não se preocupe, João. Está...