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sexta-feira, abril 16, 2021

Folhas


Folhas caem lentamente

Pairam algumas, seguem devagar a corrente

Parecem sonhar

e mergulham como plumas no ar


Folhas caem lentamente

Trazem consigo olhares e nostalgia

Talvez de um passado recente

Ou de uma vontade vazia


Folhas caem lentamente

Aproximam-se do chão e das raízes

Pesam na grama impunemente

Ou se debatem em rodamoinhos, às vezes


Folhas caem lentamente

Transformam a realidade mais bonita

Não importa se afofam o chão clemente

Se a árvore fica fria e despida

Se os grãos viram semente

Apenas que o outono abranda a desdita

Fonte: https://pixabay.com/pt/users/rihaij-2145/

sexta-feira, julho 21, 2017

Saco de plumas

Nos dias de hoje, quando a intolerância, o preconceito e ódio grassam nas relações humanas, revelados principalmente nas redes sociais, lembramos de histórias que destroem pessoas, não edificam quem as pratica, muito menos servem de exemplos. Histórias que expressam calúnias, opiniões preconceituosas sob qualquer espécie, tanto étnica, política, de gênero ou classe social.

Nestes momentos, as pessoas desandam a falar qualquer coisa que as aparte, aos olhos dos outros, de quem as incomoda. Para estas e até para nós mesmos, quando agimos sem pensar e atribuímos aos outros, como absurdo e imoral, o que discordamos segundo nossos princípios, cabe o fato a seguir que tão bem ilustra o nefasto desfecho de uma calúnia.

Para tanto, pegue um saco de plumas e jogue-as ao vento. Nem precisa subir a montanha. Jogue-as ali mesmo, no terreno baldio em frente a sua casa, ou naquela esquina próxima à praia, onde não passa ninguém, só pequenas dunas se formando pelo vento.

Quem sabe, use os campos, para não sujar as ruas. Nem as dunas, nem o mar. Será muito fácil espalhá-las. Voarão céleres pelo ar, mesmo que não haja vento, tal a sua leveza e fragilidade.

O duro será juntá-las novamente. Na verdade, impossível.

Muito melhor explicado está em histórias antigas, mas a moral é esta mesmo.

Impossível juntar o que se distribui assim, ao léu.

É o que acontece com as calúnias, as presumíveis histórias que impingimos aos outros, os rótulos com que caracterizamos o próximo.

Estas, quanto efetuadas, mesmo perdoadas, jamais poderão ser completamente reparadas, porque ficarão escondidas em várias bocas, vários ouvidos, e nem todos serão esclarecidos.

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