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A CASA OBLÍQUA - CAPÍTULO XXVI

O nosso folhetim prossegue hoje com a entrada de Clara na casa enterrada na areia, que supõe ser de Dona Luisa. Investigando os entulhos que encontra, faz várias descobertas interessantes. Por outro lado, no passado, Luisa enfrenta a mãe após saber que havia delatado Saymon. Divertam-se com o capítulo XXVI. Clara calçou os sapatos, temendo ferir os pés nos cacos das vidraças. Com esforço, abriu uma segunda janela, ajustando o corpo contra a parede, empurrando o ferrolho emperrado. Sentiu-se vitoriosa. Com a luz da rua, pode ver o assoalho, com tábuas quebradas ou frouxas. Alguns móveis esparsos pela sala em ruínas, uma poltrona com pés de palito, da qual não se percebia as cores, tão gasta e envelhecida se encontrava. Uma mesa de um metal semelhante a bronze. Nada mais havia. Então, Clara enveredou por outras peças, que se tornavam cada vez mais escuras, à medida que se afastava da sala. Entrou no que seria um quarto. Olhou em torno. Viu que não havia móveis, mas uma janela a...

OS DEZ TEXTOS MAIS LIDOS NO MÊS DE JULHO/2016

1º - O cofre e as moedas 2º - A identidade subjetiva, a alteridade e as diferenças 3º - Um crime na cidade que sabia demais 4º - Morte lenta 5º - Moedas nas frestas 6º - Momentos e encontros 7º - Iolanda 8º- Por que temer a travessia? 9º - Metáforas cruéis: desqualificação das mulheres e negros 10º - A varsóvia que vi: suas peculiaridades, beleza, modernidade

O cofre e as moedas

Seguir certas crenças ou talvez quaisquer delas, cristãs ou não, têm-se a impressão de que muitas vezes, Deus situa-se longe demais, num espaço tão distante que se equipara a estrelas inatingíveis. Pelo menos, o Deus do amor que Cristo nos revelou. Nestas religiões ou crenças, o contato com Deus exige muitos caminhos e a maioria deles tem meandros que desembocam em labirintos, aos quais não temos acesso ou nos perdemos na viagem. Para este contato, ficamos a sós, despidos de qualquer humanidade ou desejo, onde os conceitos se constroem nos percalços de uma sociedade idiotizada, na qual o ser humano parece o último da hierarquia animal. Para elas, as crenças e seus idealizadores, atingir este contato exige sobrepujar a dor, exaltar a imagem em detrimento do conteúdo, reproduzindo um ambiente de felicidade. Para ter o contato com Deus é preciso ser aceito na clã e equilibrar-se em cabos sob precipícios, sem rede de apoio, perdidos na fé cega de quem alcança apenas a pala...