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sexta-feira, janeiro 10, 2020

Quando se tem amigos


Esta é uma pequena homenagem à minha querida amiga Idelci Souto, pela passagem de seu aniversário. Ela é uma pessoa que sempre participou com muita generosidade e afeto de minha carreira literária. Na foto desta publicação, ela está no autógrafo de meu primeiro romance, "O eclipse de Serguei". Uma pessoa amável, grande advogada e professora de português além de uma inspirada cantora.


Tem-se amigos durante a vida que nem precisam estar sempre ao nosso lado. Nem devem conviver como nossas angústias ou dores, embora demonstrem empatia por nossos sentimentos e tenham implícita a alteridade, colocando-se em nosso lugar, quando demonstramos fragilidade ou sofrimento.

Há amigos que vivem próximos, e mesmo sem contato constante, sabemos que estão ao nosso lado.

Há amigos que alegram-se com nossas conquistas, como nossas pequenas vitórias, com nossos desafios. Há amigos que nos desafiam, que nos despertam, que nos apoiam, que vibram com nossa alegria. Há amigos assim, fortes, sinceros e envolventes que desconstroem barreiras e estabelecem pontes.

Há amigos que se aproximam, que falam, que argumentam, que lutam, que se inventam, que esperam de nós sempre boas colheitas e nos ajudam a plantar, semeando expectativas e esperanças.

Tenho uma amiga assim, que sempre me incentivou em meus escritos, desde os primeiros textos, aos contos, aos livros publicados, aos romances, às crônicas do Jornal Agora. Tenho uma amiga deste naipe, rara e brilhante, uma pessoa afável, cujas virtudes não teria como enumerar aqui, porque além de todas os predicados, ainda tem a principal que é a capacidade de disseminar esperanças, confiante e firme. Seu único interesse é o bem do amigo e por isso, muito maior do que qualquer característica pessoal, é o mérito de ser amiga em sua essência como um rasgo de afetividade que envolve com afeto, benevolência e carinho, pois sua aspiração é o bem do outro.

Uma amiga que utiliza a linguagem em suas representações semânticas, metafóricas ou líricas, e muito além destas teorias, uma explosão de conhecimentos, ideias e perspectivas tanto políticas, quanto sociais ou apenas o ato genuíno de uma boa conversa. Tem-se aqui o espírito exacerbado de emoção e inteligência, tanto da advogada quanto da professora.

Quando se tem amigos, a vida fica mais leve e o mundo parece abrir espaços a nosso favor. Esta minha amiga muito me incentivou a prosseguir minha carreira literária.

segunda-feira, julho 10, 2017

O despertar do brinde

Saber como se adequar às coisas, como se apropriar da vida, como sobreviver. Poderiam ser frases de um reality show de desafios, mas nos dias em que vivemos, parece que os desafios são mais reais e incongruentes do que qualquer programa desse gênero.

As pessoas já não se encaram, nem mesmo quando estão do outro lado do balcão. Basta-lhes a tela do computador ou o visor do celular. Buscam, pesquisam, navegam, incluem números e documentos e quase não se olham. Um trabalho qualquer numa loja é suficiente para se observar estas facetas dos funcionários, bem como dos clientes.

O sistema é o deus onipotente de qualquer trabalho. O sistema abrange desde a contabilidade das empresas e bancos, até o humor dos empresários ou do passante distraído na avenida. Mesmo no transporte, não existe nada mais importante, nem mesmo os sinais de trânsito do que o gps e o celular.

Isso sem falar nas redes sociais. Ali tudo é possível, a mídia virtual manisfesta a todo o momento as necessidades mais urgentes ou menos importantes dos usuários.

Por um momento, penso, como nos apropriarmos de nós mesmos, das coisas que observamos na rua, da natureza, das construções antigas, da beleza das fortalezas, dos faróis, dos mares, dos navegantes, do povo.

Como nos adequarmos ao simples, ao verdadeiro e real? Como ver apenas, sem registrar para os outros, como assistir o show com a intensidade de sua perfomance, sem lançá-lo instantaneamente para o mundo através de milhões de bites, sem aproveitá-lo na íntegra?

É agradável mostrar aos amigos os nossos prazeres, como viagens e festas, mas de um modo tranquilo, registrado sem perder o momento, a espontaneidade da alegria, o despertar do brinde.

Que brindemos à experiência da vida e somente a partilhemos num registro posterior.

Viver é experienciar no ato.

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