Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo polícia

UM CRIME NA CIDADE QUE SABIA DEMAIS - CAPÍTULO 16

Capítulo 16 Júlio sentou-se na poltrona e observou que as paredes de certo modo revelavam uma falência inevitável no sistema carcereiro da cidade. Era como se ali houvesse o registro do abandono pelo Estado pelo sistema policial: no próprio prédio, havia pichações de todo o tipo, além de profundas deteriorações nas paredes internas, com o surgimento dos tijolos sob o reboco frágil. Na poltrona, cortes de canivete, nos quais inevitavelmente afundava os dedos. Estava assim pensativo, quando o Delegado Borba surgiu, fechando com firmeza a porta. Júlio voltou-se com o olhar perplexo. O outro sorriu e comentou, irônico: — Detetive Júlio, para um homem da lei está se portando como um medroso. Não devia se assustar assim com a minha chegada. Júlio levantou-se e apertou-lhe a mão, confiante. — Não estou assustado, delegado. Só estava aqui, mergulhado nos meus pensamentos. O delegado discursava, enquanto ajustava a cadeira para sentar-se atrás da escrivaninha. — Quem pensa muito nã

A CIDADE QUE SABIA DEMAIS - 16º CAPÍTULO

No capítulo 14, percebemos que Ricardo abriu-se com Raul, na tentativa de saber alguma coisa sobre o crime que o acusavam. Raul comentara sobre o grupo de jovens que costumava fazer luais à beira do rio, nos quais havia envolvimento de drogas e sexo. Entre eles, estava Taís, a jovem que sentia-se atraída por Ricardo a ponto de assediá-lo e para seu azar, sendo assassinada. Quem seria o culpado ou os culpados por tal crime? O grupo de jovens, dos quais fazia parte Carlos, o filho do prefeito que organizava as festas? Ou os quatro jovens juntos, numa noite de loucura regada à bebida e drogas? Ou seria mesmo o médico, que lutava para ficar ileso? Também havia o antigo namorado da moça, o mecânico Paulo que tinha muito ciúme por ela. E Rosa, que papel teria nesta trama toda? A seguir o 15º capítulo de nosso folhetim policial.Divirtam-se. Capítulo 16 Júlio sentou-se na poltrona e observou que as paredes de certo modo revelavam uma falência inevitável no sistema carcereiro da cidade.

A CIDADE QUE SABIA DEMAIS - 3º CAPÍTULO

Capítulo 3 No carro, Ricardo ainda pensava nas palavras do amigo, mas por pouco tempo. Em seguida, chegou no hospital, teve a entrevista com o diretor e em pouco tempo já estava em franca atividade. Um hospital pequeno, com muitos problemas estruturais, não se podia dar ao luxo de priorizar algum espaço de tempo para reconhecimento. Ricardo deveria dar mãos à obra e foi o que se sucedeu durante todo o dia e nos que se seguiram. Ainda procurava um apartamento pequeno, mas a cidade não dispunha de muitas acomodações, por isso, permanecia no hotel, até porque o tempo escasso não permitia contatar as imobiliárias. Aquela noite, estava especialmente cansado. Participara de uma cirurgia difícil e o andar das emergências estava literalmente ocupado. Tomou um banho, deitou e dormiu por um longo tempo. Quando acordou, já era de madrugada. No celular, algumas mensagens da namorada e de outros colegas, aos quais não fazia muito questão de conversar, naquele dia. Leu as mensagens, respondeu