Fonte da ilustração: https://pixabay.com/pt/trabalho-workaholic-escritor-1627703/
Bem, é uma questão um tanto difícil, levando-se em conta as diferentes possibilidades, desejos e experiências de cada um. Escreve-se para viver, às vezes, respirar, transformar a poeira dos ossos em energia para alcançar os degraus onde o sol pisa.
Considero que os escritores de todas categorias, seja em que suporte expressem a sua arte, tem como fundamento interno uma procura constante da verdade, com suas buscas visando partidas ou encontros, ou seja, mostrar que outra realidade é possível.
Afinal, o que se deseja se não desmitificar a pretensa realidade? Uma realidade revelada a partir de milhares de padrões, tanto midiáticos, políticos, religiosos, científicos, empíricos ou sociais.
Uma realidade que se metamorfoseia dia a dia de acordo com as conveniências e as máscaras que lhe impõe a sociedade com interesses diversificados.
A literatura, portanto tem esta função social e política de resgatar a realidade, porque a arte é independente.
O escritor deve lutar por exercer a faculdade de enfrentar a realidade sem máscaras, retirando todo o entulho que a sociedade, como um todo, a recobre. A verdade está na mostra social, pura e cristalina, sem os adornos da pílula elitizada e batizada pelo poder.
A literatura é uma só. É este erguer-se e olhar o horizonte e ver além das fronteiras do senso comum, da vida padronizada, do olhar midiático, do politicamente correto.
O leitor descobrirá na verdadeira literatura, aquele engajamento com a verdade e não com o poder, seja em que patamar se estabeleça.
Ler é fundamental para abrir veredas, para multiplicar e sair da mesmice, mas fiquem atentos, leitores: estas serão bloqueadas se impedirem a retomada do pensamento, do discernimento humano e seu direito de escolha.
Quem lê, absorve, introjeta, interage e escolhe o seu próprio caminho.
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