Dói o coração quando se situa longe de seu ambiente ideal, onde a dor do outro não vale nada. É como a lanterna que cai no chão, estilhaça a luz, o celular não filtra mais e a escuridão se escala. Não importa o artefato, basta apenas o poder de utilizá-lo. O homem parece deixar, aos poucos, o poder da empatia para experimentar apenas a indiferença e o interesse individual, descendo rapidamente a escala da involução.
Em meio a tudo isso, a vida oscila, as costelas doem e seus ossos tangem, num pedido de socorro. Mas quem os ouve? Quem tem a capacidade de absorver sons tão ínfimos, quase inaudíveis? Entretanto, o mundo tange de dor. Doem as entranhas da terra, , o minério regurgita, o fogo se alastra, a selva padece, a natureza clama e o homem morre. Poucos veem, poucos sabem, poucos assumem.
Crianças, adultos, idosos
, que povos são esses que se evadem de seus territórios? Que povos são esses que estranhos assumem seus lugares, seus espaços, produzem suas dores, doenças, fome e mortes?Como olhar o horizonte, quando as vidas se perdem, escoam fluídas ao encontro do nada, deixando rastros de miséria e decadência humana? Como olhar mais perto, fixar bem os olhos do outro e perceber a humanidade também se dissipando.
Causar a tragédia dos Yanomanis é identificar-se com a barbárie e o declínio do ser humano.
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