Sempre ouvindo o que tem a me dizer, a esclarecer sem que eu peça. Às vezes, sinto o ímpeto indefinível e prático de dizer o que penso. Está aqui, na ponta da língua. Mas não o faço. Como faz toda a gente. Como dizem os que se julgam de auto-estima prolongada. Existe esta expressão? Não sei, mas são os fortes, os que não levam desaforo pra casa, os que cortam o trânsito, arriscam suas vidas e a dos outros, os que imergem em soluções mágicas para sobreviver ou que se interpolam entre os que usam a inteligência e a moral, os políticos, os emergentes, os de pouca índole, os que se “acham”, como se diz na gíria popular. Não consigo ser assim, sou velho, desgastado, educado demais para os padrões pós-modernos. Mas que dizer dos que não tem padrão? Ou não seguem nenhum? Melhor não definir nada, não identificar os projetos e planos que assolam as mentes conturbadas, iludidas e manipuladas pela mídia, pelo outro que já foi manipulado e não sabe, e ainda se julga eficiente e moderno, uma modernidade de superfície, estática e de fachada. Estes são os fortes, valentes, que sobem nas calçadas em seus carros avantajados, que buzinam na frente de hospitais, que trovejam seus sons de funck ou coisa parecida, que olham e não vêem, que cheiram aromas desconhecidos porque desconhecem o perfume mais tenro de flores que não se criaram. São eles, sem duvida, os que estão aqui e ali, as falsas celebridades, os falsos profissionais, os falsos cidadãos. Cidadãos? Nem se situam nestas categorias. Quem sabe, no máximo, imitam o papel das novelas, aquele esperto e audacioso, que ganha a mocinha, não tão mocinha atualmente e vence todas as batalhas para erguer o pulso vitorioso, ganhando e enganando, cultuando o corpo e ocultando a alma. Este é o padrão, o mais utilizado, o que enche de silicone tórax flácidos ou bundas omissas. Esses são os verdadeiros líderes que invadem o país, que assolam a humanidade, que ressurgem dos arremedos infames de gente subordinada, subalterna à mensagem única, padronizada, grotesca, que molha a boca de pequenas gotas, mas não engole o orvalho, não espia a lua, não expia a alma.
Não, não quero ser destes fortes e valentes Stalones ou outros mais recentes. Não, não quero pertencer a esta raça de clones fatigados de energéticos, entediados de viagra, de bebida e drogas. Não, não quero buscar esta coisa igual que consome e se alastra, entre bordoadas e facetas nazistas.
Não, quero viver. E para isso, aspirar o perfume da flor tenra de minha janela, uma janela única que dá pro céu e aquece a alma. A alma? Pra quem tem.
Este blog pretende expressar a literatura em suas distintas modalidades, de modo a representar a liberdade na arte de criar, aliada à criatividade muitas vezes absurda da sociedade em que vivemos. Por outro lado, pretende mostrar o cotidiano, a política, a discussão sobre cinema e filmes favoritos, bem como qualquer assunto referente à cultura.
segunda-feira, maio 04, 2009
quinta-feira, janeiro 22, 2009
NOTÍCIA DO JORNAL AGORA COM MANCHETE "COMUNIDADE PALESTINA PEDE PAZ"
Transcrevo aqui a reportagem de Melina Brum Cezar, do Jornal Agora de Rio Grande do dia 21/01/2009 sobre a comunidade palestina, pedindo justiça e paz para o seu País de origem. Uma reportagem emocionante, que mostrou a união entre vários representantes da sociedade numa passeata realizada na Avenida Rio Grande, no Balneário Cassino, levando faixas e cartazes contra o conflito.
“Justiça, paz na Palestina. Não queremos guerra, queremos nossa terra”. Em coro, dezenas de rio-grandinos percorreram um trecho da avenida Rio Grande, no balneário Cassino, no último sábado, 17, para chamar a atenção da comunidade e manifestar repúdio aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Após o manifesto, foi realizado um ato religioso pela paz em frente à Igreja Sagrada Família.
A caminhada reuniu integrantes da comunidade palestina que vivem no Município, políticos, representantes de entidades de classe e as comunidades católica, islâmica e luterana. “Nosso objetivo é chamar a atenção dos rio-grandinos e demais brasileiros para o genocídio que acontece na Faixa de Gaza”, explicou o presidente da Sociedade Beneficente Islâmica Árabe Palestina em Rio Grande , José Khattab Hassan. Os manifestantes pediam o cessar-fogo imediato de Israel no local e a criação do Estado Palestino.
Durante a marcha, os participantes ergueram bandeiras palestinas, faixas com pedidos de paz e cartazes com fotos dos ataques no local. “São imagens que a imprensa não tem acesso, porque não pode entrar naquela região. Mas que a internet revela, mostrando todo o sofrimento do povo palestino”, afirma Khattab. Os integrantes da comunidade palestina também foram vestidos com o “hata”, turbante palestino. Alguns deles tinham desenhado o mapa da região e os dizeres “Jerusalém é nossa”.
Entre os políticos, participaram representantes dos partidos PT, PCdoB, PMDB, e PSOL. O vereador Luiz Francisco Spotorno (PT) afirmou que a bancada do Partido dos Trabalhadores apoia as ações de repúdio, à medida que a sociedade precisa se manifestar contra esse conflito que se tornou um genocídio.
Após a caminhada, o sheik muçulmano Mohamad, o pastor luterano Bonato e o bispo diocesano dom José Mário Stroeher realizaram um ato ecumênico em frente à Igreja Sagrada Família em favor da Paz no Oriente Médio. “É muito grave o que acontece na palestina. É um conflito entre dois Estados que já dura mais de 60 anos. Precisamos nos manifestar pela Paz, porque os problemas não se resolvem com a guerra”, disse o bispo. Dom José Mário falou ainda sobre importância das comunidades israelenses e palestinas, que vivem no Brasil, não se deixarem contaminar por essa violência.
A palestina Nascima Jundi veio refugiada durante a guerra árabe-israelense de 1948. Ela conta que sua cidade, Deir Yassin, foi uma das primeiras tomadas pelos israelenses. “Na minha cidade, eles entraram e mataram todos. E hoje ela não está mais nem no mapa político”, afirma. Nascima, que atualmente tem familiares que moram em Jerusalém, retornou de lá há três meses e está chocada com os ataques na Faixa de Gaza. Seu filho Salih, de 43 anos, afirma que ao ver as notícias na televisão se emociona e chora. “Eles estão matando as crianças, mulheres, usando armas químicas. Não obedecem a ninguém, não deixam entrar comida nem água. É horrível, eles têm que parar”, diz Nascima.
Na último dia 13, um grupo de 30 rio-grandinos esteve participando em Porto Alegre de uma caminhada em repúdio aos ataques israelenses em Gaza. O ato reuniu mais de mil pessoas na Capital gaúcha.
Melina Brum Cezar
Fonte: Jornal Agora, edição n. 9233 quarta-feira, 21/01/2009. Rio Grande.
CEZAR, Melina Brum. Comunidade palestina pede paz. Jornal Agora. Rio Grande, 21 jan. 2009. Geral, p.3.
“Justiça, paz na Palestina. Não queremos guerra, queremos nossa terra”. Em coro, dezenas de rio-grandinos percorreram um trecho da avenida Rio Grande, no balneário Cassino, no último sábado, 17, para chamar a atenção da comunidade e manifestar repúdio aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Após o manifesto, foi realizado um ato religioso pela paz em frente à Igreja Sagrada Família.
A caminhada reuniu integrantes da comunidade palestina que vivem no Município, políticos, representantes de entidades de classe e as comunidades católica, islâmica e luterana. “Nosso objetivo é chamar a atenção dos rio-grandinos e demais brasileiros para o genocídio que acontece na Faixa de Gaza”, explicou o presidente da Sociedade Beneficente Islâmica Árabe Palestina em Rio Grande , José Khattab Hassan. Os manifestantes pediam o cessar-fogo imediato de Israel no local e a criação do Estado Palestino.
Durante a marcha, os participantes ergueram bandeiras palestinas, faixas com pedidos de paz e cartazes com fotos dos ataques no local. “São imagens que a imprensa não tem acesso, porque não pode entrar naquela região. Mas que a internet revela, mostrando todo o sofrimento do povo palestino”, afirma Khattab. Os integrantes da comunidade palestina também foram vestidos com o “hata”, turbante palestino. Alguns deles tinham desenhado o mapa da região e os dizeres “Jerusalém é nossa”.
Entre os políticos, participaram representantes dos partidos PT, PCdoB, PMDB, e PSOL. O vereador Luiz Francisco Spotorno (PT) afirmou que a bancada do Partido dos Trabalhadores apoia as ações de repúdio, à medida que a sociedade precisa se manifestar contra esse conflito que se tornou um genocídio.
Após a caminhada, o sheik muçulmano Mohamad, o pastor luterano Bonato e o bispo diocesano dom José Mário Stroeher realizaram um ato ecumênico em frente à Igreja Sagrada Família em favor da Paz no Oriente Médio. “É muito grave o que acontece na palestina. É um conflito entre dois Estados que já dura mais de 60 anos. Precisamos nos manifestar pela Paz, porque os problemas não se resolvem com a guerra”, disse o bispo. Dom José Mário falou ainda sobre importância das comunidades israelenses e palestinas, que vivem no Brasil, não se deixarem contaminar por essa violência.
A palestina Nascima Jundi veio refugiada durante a guerra árabe-israelense de 1948. Ela conta que sua cidade, Deir Yassin, foi uma das primeiras tomadas pelos israelenses. “Na minha cidade, eles entraram e mataram todos. E hoje ela não está mais nem no mapa político”, afirma. Nascima, que atualmente tem familiares que moram em Jerusalém, retornou de lá há três meses e está chocada com os ataques na Faixa de Gaza. Seu filho Salih, de 43 anos, afirma que ao ver as notícias na televisão se emociona e chora. “Eles estão matando as crianças, mulheres, usando armas químicas. Não obedecem a ninguém, não deixam entrar comida nem água. É horrível, eles têm que parar”, diz Nascima.
Na último dia 13, um grupo de 30 rio-grandinos esteve participando em Porto Alegre de uma caminhada em repúdio aos ataques israelenses em Gaza. O ato reuniu mais de mil pessoas na Capital gaúcha.
Melina Brum Cezar
Fonte: Jornal Agora, edição n. 9233 quarta-feira, 21/01/2009. Rio Grande.
CEZAR, Melina Brum. Comunidade palestina pede paz. Jornal Agora. Rio Grande, 21 jan. 2009. Geral, p.3.
terça-feira, dezembro 02, 2008
Uma breve descrição sobre a a minha trajetória na escrita

Sou bibliotecário especialista em Ciências e Tecnologia da Informação e também licenciado em Letras (Português-Inglês). Tenho a escrita como parte essencial de meu viver, quase como respirar. Porém, houve épocas em minha vida em fiquei envolvido com a profissão de bibliotecário na Universidade, além da vida pessoal, em família e de certa forma, priorizei estas atividades, dedicando-me muito timidamente à escrita. Nunca a abandonei de fato, mesmo porque, sempre me dediquei ao texto, embora científico, porque utilizava enquanto bibliotecário e nos cursos de especialização. Como na vida tudo tem um tempo certo de acontecer, agora estou nesta sofreguidão em escrever. Houve, sem dúvida a contribuição do advento da Internet, porque tive a oportunidade de publicar meus textos em páginas eletrônicas e obter retorno através de comentários de leitores, bem como o reconhecimento de especialistas, o que me incentivava cada vez mais. Comecei então a escrever diariamente, produzindo além de contos e crônicas, também romances. Com um deles, A barca, participei do Prêmio Sesc 2004, ficando entre os 26 finalistas no total de 305 obras apresentadas, o que me deixou muito feliz. Participei de outros concursos de contos, nos quais fui classificado várias vezes, porém através do XXIII Concurso Internacional Literário, obtive o 1º lugar nas duas crônicas que apresentei para a participação, tendo-as publicadas na Coletâneas de Conto, Poesia e Crônica, lançada pelas Edições EG da All Print Editora.
A chance do escritor iniciante e sem patrocínio, talvez não seja encontrar a editora certa, mas sim, ser encontrado por ela. Foi o que de certa forma me aconteceu, neste evento.
Na rede, publico alguns textos nos sites : www.recantodasletras.com.br, www.dominiocultural.com, www.escrita.com.br, www.tempoloxv.pro.br, no meu blog http://letras-livres.blogspot.com, além de participar de comunidades literárias no orkut.
domingo, novembro 23, 2008
A MÃE NA JANELA

A mãe na janela
Tantas vezes a vi, assim, debruçada sobre a mesa, esticando, alisando com as mãos cuidadosas, alentadas de carinho e cautela, no fazer simples, mas imprescindível do passar o friso, transformar em plano o tecido rugoso, amarfanhado, atirado no cesto de roupas. Tantas vezes, a vi na costura, dobrando as costas no espaldar incômodo da cadeira, puxando sob a agulha, o pano, com a mão diligente, moldando-o de acordo com a linha que se desenhava autoritária, inventando curvas, metamorfoseando o que não tinha forma, transformando em vestuário o que era só projeto.
Tantas vezes a vi, ainda perscrutando entre lentes emprestadas, o grau necessário para puxar o fio, manusear o dedal, criar a imagem em alto relevo, bordando o que era somente um risco imitando flores ou paisagens. Colorindo o que o sol se antecipava em dar-lhe cores e reflexos. Quem sabe os contemplasse, quando prontos e percebesse que sua criação devia muito à natureza, já que os punha sobre a mesa, ao alcance da janela, emoldurada pela luz.
Tantas vezes a vi, ali, sentada na poltrona colorida de pés de palito, paciente e atenciosa, mexendo os dedos ágeis, praticando-os como se dedilhassem ao piano, produzindo contornos com a linha, puxando daqui, enfiando ali, convertendo o que era apenas nós de linhas brancas ou coloridas em guarnições de crochê: verdadeiras malhas de flores, estrelas, arabescos, arranjos, construindo guardanapos, panos de prato, toalhas, centros de mesa.
Tantas vezes a vi cansada, voltando da fábrica, imaginando-se entre panelas e louças, vestindo a casa em ninho acolhedor, projetando caminhos, palmilhando esperanças que só ela via e sentia no coração acautelado.
Muitas vezes a vi sorrindo nas festas familiares, nos natais em família, no sorver o vinho com a alegria de quem comemora e nutre a paixão pelos momentos simples, em que a compreensão se ajusta ao presente, o amor transborda, a convivência enaltece e sensibiliza.
Muitas vezes a vi forte, austera, severa, enérgica, induzindo-nos à força e coragem, que julgava imponderáveis ao enfrentar desafios.
Algumas vezes a vi frágil, doída, sensibilizada. Por vezes, chorava de emoção. Noutras pela perda, pela falta contida, pela amizade fugidia, na despedida.
Muitas vezes, senti seu abraço, seu apoio, sua nobreza, seu carinho e percebi, de soslaio, quieto e feliz, seu orgulho por sermos seus filhos.
Breve para nós, partiu. Mas da mesma forma que nos deixou, perpetuou a lembrança de suas noites na janela a esperar, de sua voz vibrante a sorrir brejeira nas peças que nos pregava, no seu jeito pleno e singular de ensinar pela mágica o mistério da vida, de nos permitir viver assim, no exemplo do trabalho, do cuidado, do carinho, do zelo, da gratidão.
Por certo, estas lembranças nos acompanharão vida à fora, porque estás aqui, tão próxima, que quase te sentimos ao nosso lado, guiando-nos de algum modo que nem percebemos, mas a tua mensagem pousa tranqüila em nossos corações e mentes.
Muitas vezes te vi assim, mãe, porque assim te apresentavas.
sábado, novembro 22, 2008
Pequena resenha sobre o livro “Nenhum pássaro no céu” de Luiz Horácio, uma publicação da Editora Fábrica de Leitura, 2008.
Pequena resenha sobre o livro “Nenhum pássaro no céu” de Luiz Horácio, uma publicação da Editora Fábrica de Leitura, 2008.
Livro disponível no site da Livraria Cultura
Às vezes, uma história aviva importantes temas em detrimento da busca da inspiração, fundamentada em narrativas hegemônicas, de mesclas de ritmos e rumos. Neste texto imperdível do autor Luiz Horácio, têm-se a impressão de que a vida acontece no tempo preciso, na hora imaginada, na qual o sol poente aparece brilhante e belo para os personagens, entre os quais nos incluímos. Ou seja, no ritmo de nossa respiração. Não é uma história comum. Por outro lado, não é uma história de temas grandiloqüentes, mergulhada em objetivos pomposos, ou subordinada a emoções baratas para fisgar o leitor. Ao contrário, é a história de nossas vidas, nossos antepassados, culminando com a própria história do RS, contada com uma maestria que aliada ao lirismo e à poesia, apresenta uma arquitetura talvez nunca antes explorada. Perpetua, portanto, num clima onírico e ao mesmo tempo pictórico, o imaginário corporizado na prosa e na poesia. Talvez palmilhemos caminhos diferentes lendo esta história de bravura, amor e imaginação. A vida e a morte andam tão amiúde, que muitas vezes nos confundimos o que é vida ou o que é morte ou se tudo é uma coisa só.
A história em sua urdidura de fundo, apresenta um proprietário de terras, cujas relações permeiam a realização do sonho ou o simples ato de sonhar, de cultivar a emoção pura e fugaz, de preservar o que resta de vida na memória de sua região, ou seja, o mito que se substancia no conhecimento dos povos e do compromisso com a sua realidade interior e a dos demais. Temas como a morte, o amor e o reconhecimento do outro persistem em toda a narrativa, transformando o mundo que os cerca. Ou apenas marcando território, para deixar brechas ao leitor nas descobertas que pretende apontar. Seu nome é Camilo Sosa, para o qual é anunciado um presente no decorrer da narrativa, cujo embrulho é invariavelmente investido de grande importância e curiosidade, como parte integrante da estrutura. Essa provocação deixa o leitor intrigado, na tentativa de descobrir do que se trata afinal tal presente tão comentado. Porém o autor de modo sagaz, induz o leitor a experimentar a sensação que deve conferir a verdadeira importância das coisas, o que na concepção de mundo de Camilo Sosa (e do próprio autor) são as relações que emergem dos encontros a partir do anúncio do presente esperado. Qual seria o maior presente para Camilo Sosa e seus amigos, a não ser a convivência com os seus, o desabrochar de novas ligações, novos conhecimentos, novas trajetórias, novos encontros. O presente, na verdade, é mero pretexto para transformar a vida em quimera, os caminhos pessoais em trajetórias coletivas, os objetivos em metas definitivas. Enfim, é a luta da preservação do sonho e da liberdade, da maneira de pensar e agir, do “descompromisso” com a realidade alienante e a possibilidade do encontro íntimo com a imaginação. É uma história que parte do regional para o universal, porque remete aos temas íntimos a toda humanidade. Uma história densa que deve ser lida com o coração, com o cuidado dos que procuram mais do que uma simples narrativa, mas um sopro de liberdade.
Autor: Luís Horácio
Editora : Fábrica de Leitura de Ângela Puccinelli
Porto Alegre, 2008
Sugiro aos amigos a leitura deste livro. Por certo, encontrarão nele um bom presente de reflexão.
Gilson Borges Corrêa
Livro disponível no site da Livraria Cultura
Às vezes, uma história aviva importantes temas em detrimento da busca da inspiração, fundamentada em narrativas hegemônicas, de mesclas de ritmos e rumos. Neste texto imperdível do autor Luiz Horácio, têm-se a impressão de que a vida acontece no tempo preciso, na hora imaginada, na qual o sol poente aparece brilhante e belo para os personagens, entre os quais nos incluímos. Ou seja, no ritmo de nossa respiração. Não é uma história comum. Por outro lado, não é uma história de temas grandiloqüentes, mergulhada em objetivos pomposos, ou subordinada a emoções baratas para fisgar o leitor. Ao contrário, é a história de nossas vidas, nossos antepassados, culminando com a própria história do RS, contada com uma maestria que aliada ao lirismo e à poesia, apresenta uma arquitetura talvez nunca antes explorada. Perpetua, portanto, num clima onírico e ao mesmo tempo pictórico, o imaginário corporizado na prosa e na poesia. Talvez palmilhemos caminhos diferentes lendo esta história de bravura, amor e imaginação. A vida e a morte andam tão amiúde, que muitas vezes nos confundimos o que é vida ou o que é morte ou se tudo é uma coisa só.
A história em sua urdidura de fundo, apresenta um proprietário de terras, cujas relações permeiam a realização do sonho ou o simples ato de sonhar, de cultivar a emoção pura e fugaz, de preservar o que resta de vida na memória de sua região, ou seja, o mito que se substancia no conhecimento dos povos e do compromisso com a sua realidade interior e a dos demais. Temas como a morte, o amor e o reconhecimento do outro persistem em toda a narrativa, transformando o mundo que os cerca. Ou apenas marcando território, para deixar brechas ao leitor nas descobertas que pretende apontar. Seu nome é Camilo Sosa, para o qual é anunciado um presente no decorrer da narrativa, cujo embrulho é invariavelmente investido de grande importância e curiosidade, como parte integrante da estrutura. Essa provocação deixa o leitor intrigado, na tentativa de descobrir do que se trata afinal tal presente tão comentado. Porém o autor de modo sagaz, induz o leitor a experimentar a sensação que deve conferir a verdadeira importância das coisas, o que na concepção de mundo de Camilo Sosa (e do próprio autor) são as relações que emergem dos encontros a partir do anúncio do presente esperado. Qual seria o maior presente para Camilo Sosa e seus amigos, a não ser a convivência com os seus, o desabrochar de novas ligações, novos conhecimentos, novas trajetórias, novos encontros. O presente, na verdade, é mero pretexto para transformar a vida em quimera, os caminhos pessoais em trajetórias coletivas, os objetivos em metas definitivas. Enfim, é a luta da preservação do sonho e da liberdade, da maneira de pensar e agir, do “descompromisso” com a realidade alienante e a possibilidade do encontro íntimo com a imaginação. É uma história que parte do regional para o universal, porque remete aos temas íntimos a toda humanidade. Uma história densa que deve ser lida com o coração, com o cuidado dos que procuram mais do que uma simples narrativa, mas um sopro de liberdade.
Autor: Luís Horácio
Editora : Fábrica de Leitura de Ângela Puccinelli
Porto Alegre, 2008
Sugiro aos amigos a leitura deste livro. Por certo, encontrarão nele um bom presente de reflexão.
Gilson Borges Corrêa
terça-feira, dezembro 05, 2006
sexta-feira, dezembro 01, 2006
segunda-feira, novembro 20, 2006
sábado, novembro 18, 2006
segunda-feira, outubro 09, 2006
EXAMES, DIAGNÓSTICOS, TORTURA?
É notório que a medicina está avançando, tanto no que se refere à descoberta da cura de determinadas doenças, quanto à utilização das novas tecnologias para execução de cirurgias, obtenção de resultados e diagnósticos. Entretanto, estas mesmas tecnologias parecem conspirar contra nós, pacientes, simples mortais, leigos, desacostumados a sermos manipulados como batatas em sacos de feira.
Quando se tem qualquer prognóstico de doença, como dor no estômago, problemas de coluna ou tosse incisiva, dispomos de imediato do maravilhoso leque de ferramentas que vão nos orientar (ou desorientar) ao diagnostico de nossos males. O médico prescreve os exames clínicos solicitados e nos deixa à mercê de nosso destino, arremessados às mãos das clínicas especializadas.
Por exemplo, na queixa de problemas de estômago somos encaminhados ao simples exame de raio-x. Mas vejamos a situação absurda a que está fadado o paciente. Ao chegarmos, o atendente nos conduz a um vestíbulo na penumbra, onde pede (exige) que tiremos toda a roupa, (leia-se jóias, brincos, pulseiras, relógios). Em fortes decibéis, grita: “Não esqueça a dentadura”, ao que afirmamos com voz inaudível que não possuímos, ou se usamos, veladamente, nos livramos do estorvo. Depois, vestimos uma espécie de avental, aberto nas costas e aguardamos para sermos conduzidos até a sala fatídica, onde ocorre o delito. Ao chegar, já de cara, o funcionário entrega-nos um copo de líquido grosso, pastoso, leitoso, branco amarelado, gosto de nada e de pasta de dente. Nisto, a luz se apaga e nas escuras, pede que nos deitemos, amarra-nos as pernas e as mãos, exige que juntemos as pernas e tomemos um gole do líquido, sem engolir e ao mesmo tempo respirando fundo. Manda engolir, enquanto a máquina ronca forte, dando a impressão que desagrega engrenagens soltas e vai se desmontar toda sobre nossa cabeça. Prendendo em seguida a respiração. Inadvertidamente, e para a nossa surpresa, a cama de metal vira ao contrário, deixando-nos de pernas para o ar. Têm-se a sensação que vamos escapar pela cabeceira abaixo e estatelar no chão. Ouve-se de longe, quase do além, uma voz que grita. Engole. Respira fundo. Não se mexa. Espere ai, talvez precisemos repetir o processo.
No caso da tomografia dos seios da face, após conversas nervosas na sala de espera (e quanta espera!), se adentra num ambiente iluminado. Um tubo metálico nos espera e uma série de perguntas impertinentes ao lado. A voz quase sussurrante do entrevistador. O entrevistado trêmulo, omisso, pensamentos distantes, atormentado. Deita-se, espera a tortura. De imediato, a primeira frase: não pode se mexer. É o fim. Neste momento, todos os pensamentos incômodos vem à tona. Não se mexer é quase impossível, naquela situação desconfortante. Depois, um tampão para os ouvidos, uma faixa preta cingindo a cabeça, impedindo o movimento. Só os olhos assustados, as mãos trêmulas, o coração palpitante. Em seguida, em pequenas deslizadas, vai-se inserindo no tubo, como se partisse para um lugar distante, desconhecido, assustador, acompanhado de uma musica incidental, de filme de terror. Alguma coisa brilhante começa a girar rapidamente, e os olhos tonteiam. A mente confusa passeia por vielas desconhecidas, coração aos pulos, suor frio nas mãos, pernas dormentes. O tempo se arrasta. Cada vez mais, mergulhamos no tubo. Depois, a volta lenta e gradual, a certeza de que voltamos vivos e que jamais retornaremos para o vazio sinistro. Que nada! O homem volta à sala, pede que sentemos, ajusta uma espécie de suporte nas costas, semelhante a um lavatório de cabeleireiro, deixando a cabeça tombada, para trás. Dores nas costas, voz fraca, ofegante, pedido para sair. Mais uma vez empurrado para o tubo, mas desta vez, com a cabeça prostrada, combalida, imergindo cada vez mais no desconhecido. Uma espécie de aba de capacete desce até o peito, fechando o invólucro e os olhos procuram não ver o que o pensamento mostra. A dor intermitente nas costas, as luzes voltam a brilhar céleres, velozes, absurdas e o tempo não passa. Tudo para se saber se temos sinusite.
Há muitos casos de tortura, cada qual com requisitos infinitos de crueldade. Lembram o caso da camisa de força, aquele exame antigo para descobrir se tínhamos cálculos nos rins? Todo amarrado numa maca, cintos de couro sendo apertados ao corpo, através de uma borboleta, para ficarmos tão planos quanto a tábua e cada vez menores. Nem sadistas teriam tanta imaginação! Ou outro em que se bebe horrores de água para examinar a bexiga, transformando-a num balão aquático. Ou aquele em jorram cântaros de soro em seus ouvidos para saber a que grau de intensidade se encontra a labirintite, labiritando ainda mais o seu cérebro, fazendo-o girar para um lado ou para o outro. Ou..
Existem milhares de modelos de tortura, dos quais qualquer regime ditatorial teria um fabuloso arsenal de instrumentos para arregimentar os seus exércitos. Bastava que tal como ocorre nas clínicas de laboratório, os ditadores se recusassem a esclarecer os passos que levam aos procedimentos. Assim, o sujeito vivenciando cada etapa, sem saber qual é a etapa seguinte, descobrisse tarde demais que esse medo do desconhecido é mais fatal do que a doença. E o funcionário todo poderoso, acreditasse realmente que era o comandante.
LETRAS LIVRES
Quando se tem qualquer prognóstico de doença, como dor no estômago, problemas de coluna ou tosse incisiva, dispomos de imediato do maravilhoso leque de ferramentas que vão nos orientar (ou desorientar) ao diagnostico de nossos males. O médico prescreve os exames clínicos solicitados e nos deixa à mercê de nosso destino, arremessados às mãos das clínicas especializadas.
Por exemplo, na queixa de problemas de estômago somos encaminhados ao simples exame de raio-x. Mas vejamos a situação absurda a que está fadado o paciente. Ao chegarmos, o atendente nos conduz a um vestíbulo na penumbra, onde pede (exige) que tiremos toda a roupa, (leia-se jóias, brincos, pulseiras, relógios). Em fortes decibéis, grita: “Não esqueça a dentadura”, ao que afirmamos com voz inaudível que não possuímos, ou se usamos, veladamente, nos livramos do estorvo. Depois, vestimos uma espécie de avental, aberto nas costas e aguardamos para sermos conduzidos até a sala fatídica, onde ocorre o delito. Ao chegar, já de cara, o funcionário entrega-nos um copo de líquido grosso, pastoso, leitoso, branco amarelado, gosto de nada e de pasta de dente. Nisto, a luz se apaga e nas escuras, pede que nos deitemos, amarra-nos as pernas e as mãos, exige que juntemos as pernas e tomemos um gole do líquido, sem engolir e ao mesmo tempo respirando fundo. Manda engolir, enquanto a máquina ronca forte, dando a impressão que desagrega engrenagens soltas e vai se desmontar toda sobre nossa cabeça. Prendendo em seguida a respiração. Inadvertidamente, e para a nossa surpresa, a cama de metal vira ao contrário, deixando-nos de pernas para o ar. Têm-se a sensação que vamos escapar pela cabeceira abaixo e estatelar no chão. Ouve-se de longe, quase do além, uma voz que grita. Engole. Respira fundo. Não se mexa. Espere ai, talvez precisemos repetir o processo.
No caso da tomografia dos seios da face, após conversas nervosas na sala de espera (e quanta espera!), se adentra num ambiente iluminado. Um tubo metálico nos espera e uma série de perguntas impertinentes ao lado. A voz quase sussurrante do entrevistador. O entrevistado trêmulo, omisso, pensamentos distantes, atormentado. Deita-se, espera a tortura. De imediato, a primeira frase: não pode se mexer. É o fim. Neste momento, todos os pensamentos incômodos vem à tona. Não se mexer é quase impossível, naquela situação desconfortante. Depois, um tampão para os ouvidos, uma faixa preta cingindo a cabeça, impedindo o movimento. Só os olhos assustados, as mãos trêmulas, o coração palpitante. Em seguida, em pequenas deslizadas, vai-se inserindo no tubo, como se partisse para um lugar distante, desconhecido, assustador, acompanhado de uma musica incidental, de filme de terror. Alguma coisa brilhante começa a girar rapidamente, e os olhos tonteiam. A mente confusa passeia por vielas desconhecidas, coração aos pulos, suor frio nas mãos, pernas dormentes. O tempo se arrasta. Cada vez mais, mergulhamos no tubo. Depois, a volta lenta e gradual, a certeza de que voltamos vivos e que jamais retornaremos para o vazio sinistro. Que nada! O homem volta à sala, pede que sentemos, ajusta uma espécie de suporte nas costas, semelhante a um lavatório de cabeleireiro, deixando a cabeça tombada, para trás. Dores nas costas, voz fraca, ofegante, pedido para sair. Mais uma vez empurrado para o tubo, mas desta vez, com a cabeça prostrada, combalida, imergindo cada vez mais no desconhecido. Uma espécie de aba de capacete desce até o peito, fechando o invólucro e os olhos procuram não ver o que o pensamento mostra. A dor intermitente nas costas, as luzes voltam a brilhar céleres, velozes, absurdas e o tempo não passa. Tudo para se saber se temos sinusite.
Há muitos casos de tortura, cada qual com requisitos infinitos de crueldade. Lembram o caso da camisa de força, aquele exame antigo para descobrir se tínhamos cálculos nos rins? Todo amarrado numa maca, cintos de couro sendo apertados ao corpo, através de uma borboleta, para ficarmos tão planos quanto a tábua e cada vez menores. Nem sadistas teriam tanta imaginação! Ou outro em que se bebe horrores de água para examinar a bexiga, transformando-a num balão aquático. Ou aquele em jorram cântaros de soro em seus ouvidos para saber a que grau de intensidade se encontra a labirintite, labiritando ainda mais o seu cérebro, fazendo-o girar para um lado ou para o outro. Ou..
Existem milhares de modelos de tortura, dos quais qualquer regime ditatorial teria um fabuloso arsenal de instrumentos para arregimentar os seus exércitos. Bastava que tal como ocorre nas clínicas de laboratório, os ditadores se recusassem a esclarecer os passos que levam aos procedimentos. Assim, o sujeito vivenciando cada etapa, sem saber qual é a etapa seguinte, descobrisse tarde demais que esse medo do desconhecido é mais fatal do que a doença. E o funcionário todo poderoso, acreditasse realmente que era o comandante.
LETRAS LIVRES
quarta-feira, setembro 06, 2006
EVANOLI - PRÊMIO 260 ANOS DO EXÉRCITO
LIBERDADE PO�TICA - LETRAS LIVRES
EVANOLI RESENDE CORRÊA, artista plástica, foi a grande vencedora do concurso em homenagem ao aniversário dos 260 anos do Exército em Rio Grande. Concorreu com as obras "Tributo ao soldado riograndino" e "Sem fronteiras", sendo que a primeira obra conseguiu o 1º lugar entre todos os concorrentes e o quadro "Sem fronteiras", atingiu por sua vez o 3º. Isso quer dizer que, entre as obras selecionadas, ela obteve a premiação em duas obras num mesmo concurso, angariando a admiração das autoridades e demais pessoas convidadas ao evento.
No "Tributo ao soldado riograndino", a técnica usada é óleo sobre tela e espatulado, numa apresentação de três painéis senqüenciais, na qual a artista aborda uma nova postura do exército brasileiro, exmplificado aqui em nossa cidade, no sentido dos soldados depositarem os seus capacetes na divisa da cidade, não abandonando jamais a defesa e o permanente estado de alerta, mas engajados em novos projetos sociais, onde o cidadão brasileiro é a figura principal em suas metas. O militar associado ao civil, na busca de uma plena cidadania.Ao lado, ou juntamente a este cenário, está a Pátria Brasileira, representava pela fita verde-amarela que a identifica, integrando o homem e a sociedade.
A segunda tela vencedora "Sem fronteiras" apresenta a técnica óleo sobre tela e procura representar a atuação do Exército Brasileiro, a partir do encontro do albatroz com os vitrais da porta principal da antiga sede do Comando de Guarnição do Exército (QG), idealizado pelo mestre de obras e escultor João Casanova Calfoser, situado na rua Gen. Netto. Desta forma, o Albatroz da Sobrancelha Negra, imigrante das zonas Árticas e Antárticas que visita anualmente nossa cidade, especialmente a Praia do Cassino, demonstra a liberdade de ir e vir dos visitantes que ultrapassam nossas fronteiras, com objetivos amistosos. A eles é segurado usufruir de nossas belezas naturais, apreciar nossa paisagem física e humana, abastecer-se de nosso pão, moldados no respeito e na amizade, exatamente como fazem os albatrozes.
Evanoli possui muitas obras, inclusive algumas selecionadas em outros concursos, como o do 5º Distrito Naval de Rio Grande, no qual ficou entre as finalistas.
EVANOLI RESENDE CORRÊA, artista plástica, foi a grande vencedora do concurso em homenagem ao aniversário dos 260 anos do Exército em Rio Grande. Concorreu com as obras "Tributo ao soldado riograndino" e "Sem fronteiras", sendo que a primeira obra conseguiu o 1º lugar entre todos os concorrentes e o quadro "Sem fronteiras", atingiu por sua vez o 3º. Isso quer dizer que, entre as obras selecionadas, ela obteve a premiação em duas obras num mesmo concurso, angariando a admiração das autoridades e demais pessoas convidadas ao evento.
No "Tributo ao soldado riograndino", a técnica usada é óleo sobre tela e espatulado, numa apresentação de três painéis senqüenciais, na qual a artista aborda uma nova postura do exército brasileiro, exmplificado aqui em nossa cidade, no sentido dos soldados depositarem os seus capacetes na divisa da cidade, não abandonando jamais a defesa e o permanente estado de alerta, mas engajados em novos projetos sociais, onde o cidadão brasileiro é a figura principal em suas metas. O militar associado ao civil, na busca de uma plena cidadania.Ao lado, ou juntamente a este cenário, está a Pátria Brasileira, representava pela fita verde-amarela que a identifica, integrando o homem e a sociedade.
A segunda tela vencedora "Sem fronteiras" apresenta a técnica óleo sobre tela e procura representar a atuação do Exército Brasileiro, a partir do encontro do albatroz com os vitrais da porta principal da antiga sede do Comando de Guarnição do Exército (QG), idealizado pelo mestre de obras e escultor João Casanova Calfoser, situado na rua Gen. Netto. Desta forma, o Albatroz da Sobrancelha Negra, imigrante das zonas Árticas e Antárticas que visita anualmente nossa cidade, especialmente a Praia do Cassino, demonstra a liberdade de ir e vir dos visitantes que ultrapassam nossas fronteiras, com objetivos amistosos. A eles é segurado usufruir de nossas belezas naturais, apreciar nossa paisagem física e humana, abastecer-se de nosso pão, moldados no respeito e na amizade, exatamente como fazem os albatrozes.
Evanoli possui muitas obras, inclusive algumas selecionadas em outros concursos, como o do 5º Distrito Naval de Rio Grande, no qual ficou entre as finalistas.
domingo, julho 23, 2006
LIBERDADE POÉTICA
Segundo o Bibliófilo José Midlin, devemos inocular o vírus da leitura em todo o mundo. Interessa-nos portanto, além de fomentar a leitura de alguma forma, exercer a literatura, através de textos, comentários e vivenciar em sonhos o real significado da vida. Divulgar e liberar a nossa imaginação, fugindo do senso comum e padronizado da literatura puramente acadêmica.
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