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OS PÓS-MODERNOS E EU

Sempre ouvindo o que tem a me dizer, a esclarecer sem que eu peça. Às vezes, sinto o ímpeto indefinível e prático de dizer o que penso. Está aqui, na ponta da língua. Mas não o faço. Como faz toda a gente. Como dizem os que se julgam de auto-estima prolongada. Existe esta expressão? Não sei, mas são os fortes, os que não levam desaforo pra casa, os que cortam o trânsito, arriscam suas vidas e a dos outros, os que imergem em soluções mágicas para sobreviver ou que se interpolam entre os que usam a inteligência e a moral, os políticos, os emergentes, os de pouca índole, os que se “acham”, como se diz na gíria popular. Não consigo ser assim, sou velho, desgastado, educado demais para os padrões pós-modernos. Mas que dizer dos que não tem padrão? Ou não seguem nenhum? Melhor não definir nada, não identificar os projetos e planos que assolam as mentes conturbadas, iludidas e manipuladas pela mídia, pelo outro que já foi manipulado e não sabe, e ainda se julga eficiente e moderno, uma moder

NOTÍCIA DO JORNAL AGORA COM MANCHETE "COMUNIDADE PALESTINA PEDE PAZ"

Transcrevo aqui a reportagem de Melina Brum Cezar, do Jornal Agora de Rio Grande do dia 21/01/2009 sobre a comunidade palestina, pedindo justiça e paz para o seu País de origem. Uma reportagem emocionante, que mostrou a união entre vários representantes da sociedade numa passeata realizada na Avenida Rio Grande, no Balneário Cassino, levando faixas e cartazes contra o conflito. “Justiça, paz na Palestina. Não queremos guerra, queremos nossa terra”. Em coro, dezenas de rio-grandinos percorreram um trecho da avenida Rio Grande, no balneário Cassino, no último sábado, 17, para chamar a atenção da comunidade e manifestar repúdio aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Após o manifesto, foi realizado um ato religioso pela paz em frente à Igreja Sagrada Família. A caminhada reuniu integrantes da comunidade palestina que vivem no Município, políticos, representantes de entidades de classe e as comunidades católica, islâmica e luterana. “Nosso objetivo é chamar a atenção dos rio-grand

Uma breve descrição sobre a a minha trajetória na escrita

Sou bibliotecário especialista em Ciências e Tecnologia da Informação e também licenciado em Letras (Português-Inglês). Tenho a escrita como parte essencial de meu viver, quase como respirar. Porém, houve épocas em minha vida em fiquei envolvido com a profissão de bibliotecário na Universidade, além da vida pessoal, em família e de certa forma, priorizei estas atividades, dedicando-me muito timidamente à escrita. Nunca a abandonei de fato, mesmo porque, sempre me dediquei ao texto, embora científico, porque utilizava enquanto bibliotecário e nos cursos de especialização. Como na vida tudo tem um tempo certo de acontecer, agora estou nesta sofreguidão em escrever. Houve, sem dúvida a contribuição do advento da Internet, porque tive a oportunidade de publicar meus textos em páginas eletrônicas e obter retorno através de comentários de leitores, bem como o reconhecimento de especialistas, o que me incentivava cada vez mais. Comecei então a escrever diariamente, produzindo além de con

A MÃE NA JANELA

A mãe na janela Tantas vezes a vi, assim, debruçada sobre a mesa, esticando, alisando com as mãos cuidadosas, alentadas de carinho e cautela, no fazer simples, mas imprescindível do passar o friso, transformar em plano o tecido rugoso, amarfanhado, atirado no cesto de roupas. Tantas vezes, a vi na costura, dobrando as costas no espaldar incômodo da cadeira, puxando sob a agulha, o pano, com a mão diligente, moldando-o de acordo com a linha que se desenhava autoritária, inventando curvas, metamorfoseando o que não tinha forma, transformando em vestuário o que era só projeto. Tantas vezes a vi, ainda perscrutando entre lentes emprestadas, o grau necessário para puxar o fio, manusear o dedal, criar a imagem em alto relevo, bordando o que era somente um risco imitando flores ou paisagens. Colorindo o que o sol se antecipava em dar-lhe cores e reflexos. Quem sabe os contemplasse, quando prontos e percebesse que sua criação devia muito à natureza, já que os punha sobre a mesa, ao alcance da

Pequena resenha sobre o livro “Nenhum pássaro no céu” de Luiz Horácio, uma publicação da Editora Fábrica de Leitura, 2008.

Pequena resenha sobre o livro “Nenhum pássaro no céu” de Luiz Horácio, uma publicação da Editora Fábrica de Leitura, 2008. Livro disponível no site da Livraria Cultura Às vezes, uma história aviva importantes temas em detrimento da busca da inspiração, fundamentada em narrativas hegemônicas, de mesclas de ritmos e rumos. Neste texto imperdível do autor Luiz Horácio, têm-se a impressão de que a vida acontece no tempo preciso, na hora imaginada, na qual o sol poente aparece brilhante e belo para os personagens, entre os quais nos incluímos. Ou seja, no ritmo de nossa respiração. Não é uma história comum. Por outro lado, não é uma história de temas grandiloqüentes, mergulhada em objetivos pomposos, ou subordinada a emoções baratas para fisgar o leitor. Ao contrário, é a história de nossas vidas, nossos antepassados, culminando com a própria história do RS, contada com uma maestria que aliada ao lirismo e à poesia, apresenta uma arquitetura talvez nunca antes explorada. Perpetua, portanto,

LIBERDADE PO�TICA - LETRAS LIVRES

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Passeio de barco

EXAMES, DIAGNÓSTICOS, TORTURA?

É notório que a medicina está avançando, tanto no que se refere à descoberta da cura de determinadas doenças, quanto à utilização das novas tecnologias para execução de cirurgias, obtenção de resultados e diagnósticos. Entretanto, estas mesmas tecnologias parecem conspirar contra nós, pacientes, simples mortais, leigos, desacostumados a sermos manipulados como batatas em sacos de feira. Quando se tem qualquer prognóstico de doença, como dor no estômago, problemas de coluna ou tosse incisiva, dispomos de imediato do maravilhoso leque de ferramentas que vão nos orientar (ou desorientar) ao diagnostico de nossos males. O médico prescreve os exames clínicos solicitados e nos deixa à mercê de nosso destino, arremessados às mãos das clínicas especializadas. Por exemplo, na queixa de problemas de estômago somos encaminhados ao simples exame de raio-x. Mas vejamos a situação absurda a que está fadado o paciente. Ao chegarmos, o atendente nos conduz a um vestíbulo na penumbra, onde pede (exig

EVANOLI - PRÊMIO 260 ANOS DO EXÉRCITO

LIBERDADE PO�TICA - LETRAS LIVRES EVANOLI RESENDE CORRÊA, artista plástica, foi a grande vencedora do concurso em homenagem ao aniversário dos 260 anos do Exército em Rio Grande. Concorreu com as obras "Tributo ao soldado riograndino" e "Sem fronteiras", sendo que a primeira obra conseguiu o 1º lugar entre todos os concorrentes e o quadro "Sem fronteiras", atingiu por sua vez o 3º. Isso quer dizer que, entre as obras selecionadas, ela obteve a premiação em duas obras num mesmo concurso, angariando a admiração das autoridades e demais pessoas convidadas ao evento. No "Tributo ao soldado riograndino", a técnica usada é óleo sobre tela e espatulado, numa apresentação de três painéis senqüenciais, na qual a artista aborda uma nova postura do exército brasileiro, exmplificado aqui em nossa cidade, no sentido dos soldados depositarem os seus capacetes na divisa da cidade, não abandonando jamais a defesa e o permanente estado de alerta, mas engajados e

LIBERDADE POÉTICA

Segundo o Bibliófilo José Midlin, devemos inocular o vírus da leitura em todo o mundo. Interessa-nos portanto, além de fomentar a leitura de alguma forma, exercer a literatura, através de textos, comentários e vivenciar em sonhos o real significado da vida. Divulgar e liberar a nossa imaginação, fugindo do senso comum e padronizado da literatura puramente acadêmica.