Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo gatos

O DOCE BORDADO AZUL - 22º CAPÍTULO

Hoje é quinta-feira. Nosso folhetim continua com o 22º capítulo. Na próxima terça, continuamos na sequência. Espero que gostem! Faltam 8 capítulos apenas!Vamos a ele! Capítulo XXII A visita de Gustavo Quando entrou, Gustavo imediatamente acomodou-se no sofá, observando atento os outros móveis. Percebeu que Bárbara sentara na lateral de um divã antigo, com as pernas finas enviesadas, uma colada na outra, de uma maneira que julgava elegante. Pensou em fazer um galanteio, mas calou-se. Ela poderia levar a mal, achando que havia algum interesse de sua parte, que não fosse o motivo por que viera até a sua casa. Bárbara, vez ou outra, virava o rosto para a janela, olhar perdido nos telhados cheios de musgos e plantas que se sobressaíam, cultivadas pela umidade das infiltrações. Ele achava-a uma moça estranha. Tinha uma certa tristeza solene, que não conseguia decifrar o motivo. Via em seus olhos uma dor inatingível, o que não lhe diminuia a beleza e simplicidade. Talvez pela

O DOCE BORDADO AZUL - 18º CAPÍTULO

Nosso folhetim como se fazia no século XIX, nos jornais brasileiros, continua em todas as terças e quintas, na sequência dos capítulos. Hoje, como é quinta-feira, senhoras e senhoritas, e também senhores, apresentamos mais um capítulo. Capítulo XVIII A ajuda Lúcia acordou pressentindo uma coisa líquida e pegajosa aproximando-se do quarto. Mal percebia as luzes da persiana, que se estendiam sobre a cama e abriu os olhos vigorosamente. Devia tratar-se de um pesadelo, desses de deixar a gente aterrorizada, percebendo sons inexistentes, ruídos aterradores, águas poluídas que fundem o corpo e a alma, numa afogamento fétido. Arbustos gigantescos, algas que se alinhavam ao corpo, como agulhas cerzindo o tecido. A mãe empunhando a agulha como arma cheia de veneno, instilando na pele, espalhando pelos dentes, amortecendo a gengiva. Doía-lhe o ouvido, o maxilar, a boca. Sentia um peso enorme na cabeça, como se carregasse pedra e aquela impressão da água suja se aproximando do q