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A CASA OBLÍQUA - CAP. XXXIV

A SEGUIR O PENÚLTIMO CAPÍTULO DE NOSSO FOLHETIM: Clara estacionou o carro numa garagem coletiva e em seguida, tomou um taxi, afastando-se em direção ao centro da cidade. Usava a peruca loira e óculos escuros. Determinou-se certa sobriedade para demonstrar segurança, mas na verdade, estava ansiosa, quando entrou no banco. Comunicou ao atendente que necessitava utilizar o cofre, cuja chave carregava consigo. Este avisou a outro funcionário, que lhe pediu um documento de identidade. Clara entregou uma procuração assinada por Dona Luiza e o seu próprio documento. A cada silêncio do funcionário, ela ficava mais nervosa, inclusive porque era procurada pela polícia e seu documento poderia ter sido objeto de pesquisa, através da interações entre instituições bancárias, mas precisava arriscar. O rapaz afastou-se com a procuração e seu documento. Ela esperava, quieta. Observava o arbusto artificial num vaso enorme, sobre o piso. A sala ampla, vazia. Na parede, tijolos de vidr

A CASA OBLÍQUA - CAP. XX

Clara estava fascinada com as histórias que Dona Luisa lhe contava com tanta verdade, que pareciam estar acontecendo hoje. Como ela gostaria de amar assim. Mas depois de Bruno, tudo parecia difuso e sem perspectivas. Bateram à porta e seu coração saltou, desassossegado. Deu alguns passos e abriu-a devagar. Olhou para Nael, examinou-lhe a proeminência viril do queixo, a boca sensual e sentiu uma estranha vontade de beijá-lo, mas ficou quieta. Já tinha ido longe demais com aquele homem. Sua história era muito semelhante à de dona Luisa, mas não ao ponto de apaixonar-se como ela. Em todo caso, sentia-se bem em ajudá-lo. Tirava-a da solidão. Libertava-a um pouco da frustração que Bruno lhe causara. Então, perguntou a Nael do que se tratava. Ele não conseguia expressar-se com facilidade. Estava muito preocupado e devia esconder-se. Não entendia porque ela tinha chamado a polícia. — Polícia? Você está louco! — Mas você, você... — Vá, vá para o escritório. Vou receber est

O DOCE BORDADO AZUL - CAPÍTULO 10º

Todas as terças-feiras e quintas publicarei capítulos em sequência do romance "O doce bordado azul". A seguir o 10º capítulo. Capítulo X A volta Lúcia percorreu sem pressa os jardins do convento, como se pretendesse retardar ao máximo o encontro. Estava e aflita. Não havia o que temer. Apenas, sentia-se insegura, como se o seu futuro se decidisse naquele encontro, considerado absurdo alguns dias atrás. Ao chegar na sala de reuniões, foi recebida por Irmã Carlota, que parecia ansiosa, segurando-a pelo braço, como e a poupasse de uma entrada desagradável. Talvez quisesse preparar-lhe o espírito. Conhecia Irmã Carlota há tantos anos e nunca a vira tão insegura. ––O que aconteceu Irmã? Parece que não quer que eu entre... Percebera que a freira estava pálida. Nunca esperaria a resposta tão incisiva. ––É verdade. Não quero que você entre. Estava esperando-a para impedi-la. ––Não estou entendendo. Foi a senhora que me convidou, quase me intimou. A freira conduzi