A palavra desvenda a nossa compreensão do mundo, trasmitida pela oralidade, cuja mensagem legamos às gerações pela sua representação gráfica.
Pesquisando sobre a criação de palavra novas, percebi que algumas eram inventadas por escritores de várias épocas e nacionalidades. Não sabia, por exemplo, que o substantivo “robô” fora criado pelo escritor Karel Capek, da República Checa, cujo significado “trabalho escravo” definia o estilo de produção mecânico em seu livro “Rossum’s Universal Robots”, de 1921. Em 1941, Isaac Asimov a utilizou mais tarde e criou o termo “robótica”.
Além deles, há outros autores como John Milton, que inventou a palavra “pandemônio” e imaginem, a expressão “massa cinzenta”, foi utilizada pela primeira vez por Agatha Christie, através do detetive Hercule Poirot. Há muitas outras como: “freelancers”, de Sir Walter Scott, “factoide”, de Norman Mailer, em 1973, “capacho” criada por Charles Dickens, “ciberespaço” por William Gibson, em 1982 e “beatnik”, por Herb Caen. Mas além dessas palavras que foram incorporadas ao dicionário, temos as de João Guimaraes Rosa, como “nonada”, na abertura de Grande Sertão Veredas, que significa “coisa sem importância”, uma fusão do “non” (português arcaico) com o pronome indefinido “nada”. Ainda encontramos Luis de Camões, Carlos Drumond de Andrade, Rui Barbosa, Dias Gomes e Millor Fernandes.
Claro que aqui, há uma atividade literária, que permite ao autor expressar com mais propriedade o seu pensamento, às vezes tão profundo e inconsciente, que carece de um novo vocabulário.
Além das literárias, muitas palavras são incorporadas em nosso idioma, como periguete, pintar, ralar, blogar, baixar, pen drive. Bem, cada uma com a sua função. Afinal, a língua é um sistema dinâmico e é regida pela palavra oral, pela disseminação da mensagem pelo povo, para depois chegar a sua grafia.
No caso, dos escritores, entretanto, a oralidade está em seus personagens, o que prova que o escritor é também um inventor, uma espécie de Prof. Pardal das palavras.
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