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Mostrando postagens de novembro 1, 2016

O piquenique

Aquela noite seria longa, mas provavelmente eu tenha caído no sono em seguida. A manhã chegou tão rápida que me ocupei de minhas coisas de modo a não perder um detalhe, a não esquecer a bola de vôlei, o estilingue e os guides. A mala era pequena, eu não tinha aquelas mochilas modernas, não, era uma mala esquisita de lona e papelão. Quando levantei, às 6 horas mais ou menos, tudo estava pronto, ou quase pronto à mesa, pois a condução que nos levaria ao passeio sairia às 7:30 horas. Minha mãe se desdobrava em fazer o lanche e mais do que isso, dar os habituais conselhos. Não pega muito sol, te cuida dos lugares perigosos, olha os precipícios, fica sempre atento e não te afasta do grupo, muito menos da professora. Ela será o teu guia. Não precisava de tudo aquilo, mas era de praxe. As horas passavam rápidas, mas a escola ficava apenas quatro quadras de minha casa. Nada que fosse atrasar-me. Eu estava ansioso. Ouvia com uma mão na mala e outra na xícara, atento ao que meu coração
Os dez textos mais acessados no mês de outubro ( 02/10 a 31/10/16) 1º. AS AULAS DE DONA MARINA 2º. O menino e o livro 3º. Webrádio de qualidade, com a melhor programação 4º. Trabalho voluntário no Hospital Psiquiátrico: uma provocação para a vida 5º. A margem oposta 6º. A fotografia da vida de Santa - CAP. 13 7º. Meu pai, a jawa e o Irmão Cassiano 8º. A fotografia da vida de Santa - CAP. 11 9º. A fotografia da vida de Santa - CAP. 9 10º. Alguns aspectos do filme “A pele em que habito” de Pedro Almodóvar Fonte da ilustração: fotografia do poeta e escritor Wilson Rosa da Fonseca.

As mulheres e as redes sociais

Pensando em minhas amigas das redes sociais e em centenas de mulheres que me cercam, surge uma série de sentimentos, em cascata, na tentativa de compreender as mulheres, ou pelo menos as diferenças que nos distinguem. Diriam alguns que me conhecem, que falo de cadeira, visto que moro com duas mulheres (aqui vale esclarecer, uma esposa e uma filha). Na minha família pregressa, o grupo feminino compunha-se de três mulheres, contando com minha mãe. No colégio, entre amigos homens, havia sempre uma amiga confidente, a qual talvez tivesse a faculdade de decifrar outros horizontes, acenando para assuntos literários, culturais e políticos, temas proibitivos aos meninos, entre o jogo de bola e a autoafirmação da adolescência. Na Universidade, nos cursos que ingressei, havia poucos homens. Em Letras, éramos ao cabo do curso, apenas três homens. Na biblioteconomia, bem nesta área, além de haver muitas mulheres na sala de aula, havia a predominância do sexo feminino em todos os setores

A fotografia da vida de Santa - CAP. 16

No capítulo anterior, após o desmaio, Santa não conseguiu comentar com Linda sobre a conversa que tivera, na qual ela havia negado o próprio passado, pois voltou a sentir-se mal. No dia seguinte, porém, estava decidida a fazer alguma coisa, que deixava Linda preocupada. Pedira para falar pessoalmente com o jardineiro, o sobrinho de Linda. A seguir o décimo sexto capítulo de nosso folhetim dramático. Capítulo 17 Ao chegar no gabinete, o jardineiro mostrava-se preocupado por ter sido convocado pela patroa. Sentou-se numa cadeira, sentindo-se desconfortável. Santa, no entanto, parecia muito segura e com uma intenção objetiva. — Bem, Fernando, o que tenho a lhe dizer é bem simples e fácil de resolver. — Eu fiz alguma coisa errada, dona Santa? — Não, você não fez nada errado, não se preocupe. Ao contrário, gostamos muito de seu serviço. — Então, não estou entendendo porque a senhora me chamou aqui. — Por que vocês acham que sempre que são chamados é para serem ad